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Policial diz que Patrick tentou dificultar investigação na Espanha

O terceiro dia de julgamento de François Patrick Nogueira Gouveia, assassino confesso dos tios, Marcos Nogueira e Janaína Diniz, e dois primos crianças, na Espanha, seguiu nesta sexta-feira (26), quando a Guarda Civil espanhola desmentiu a defesa do réu, que alegava que ele havia colaborado com a investigação. As informações são do jornal El País.

Leia também: Marcos suspeitava de caso entre Janaína e Patrick, diz testemunha

Conforme o El País, a advogada de Patrick, Barbara Royo, sustentou que o paraibano sempre colaborou com a investigação promovida pela polícia espanhola.

Porém, conforme um guarda civil espanhol que participou do julgamento, Patrick veio para o Brasil após cometer o crime e só colaborou com a polícia após ser pressionado pela família e informado de possíveis benefícios que ele teria sendo condenado na Espanha.

Ainda conforme o El País, os policiais espanhóis também narraram que, a princípio, Patrick não era tido como um dos suspeitos, mas começou a ser investigado após amigos de trabalho de Marcos Nogueira informarem que Patrick vivia com as vítimas e não havia sido mais visto após o crime.

Entenda o caso

Patrick Nogueira se entregou às autoridades espanholas no dia 19 de outubro de 2016 e confessou ter matado os familiares após sentir ódio incontrolável. Em depoimentos, ele disse “gosto de ser mau” e que teria sentiu “necessidade de matar” a família.

“Matei os quatro porque me parecia cruel matar só o Marcos. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Eles não sofreram, não resistiram, não gritaram. Foi muito rápido”, declarou o assassino na época à emissora de TV Antena3.

Todas as vítimas foram mortas da mesma forma: com faca cravada no pescoço, rompendo a artéria aorta e a jugular. Ele matou primeiro Janaína, depois as crianças. Marcos Campos foi atacado instantes depois, ao chegar do trabalho, sem ter chance de reação. Depois, Patrick usou uma faca maior para esquartejar os tios. Os corpos dos adultos e das crianças foram postos em sacos plásticos.

No depoimento, Patrick ainda compromete o amigo Marvin Henriques Correia, preso em João Pessoa após a Polícia Civil apontá-lo como cúmplice do crime. O assassino confesso disse que conversou com Marvin enquanto cometia os crimes. A defesa do suposto cúmplice, no entanto, diz que o diálogo só aconteceu após as quatro mortes. Para a Justiça brasileira, Marvin já sabia que Patrick iria matar os parentes.

Ainda de acordo com a Antena3, Patrick contou que dormiu até tarde no dia em que cometeu os crimes, pois “tinha que estar descansado”. O assassinatos, conforme declaração de Patrick, foram premeditados. “Três dias antes, senti necessidade de matar. Isso acontece com frequência, desde os 12 anos. Quando acontece, eu bebo muito”, revelou.

Ele disse também que voltou à Paraíba depois de matar os parentes não com a intenção de fugir, mas porque queria se despedir dos familiares. Patrick se entregou à polícia espanhola no dia 19 de outubro de 2016. Ele permanece preso desde então.

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