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UFPB cria dispositivo para reparo de navios e plataformas de petróleo

Pesquisadores do Laboratório de Integridade e Inspeção da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram um dispositivo automático para inspecionar, por meio de ultrassom, chapas metálicas soldadas de equipamentos mecânicos. O suporte é uma alternativa de baixo custo, confiável e auxiliará na fabricação e manutenção de cascos de navios, plataformas de petróleo e outras estruturas de aparelhos industriais.

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De acordo com o coordenador do laboratório, professor Marcelo Cavalcanti, a maioria dos equipamentos de inspeção de soldas tem operação manual e o dispositivo da UFPB surgiu para automatizar a inspeção por ultrassom, que utiliza a técnica Time of Flight Diffraction (TOFD – algo como Difração de Tempo de Voo) na inspeção de chapas metálicas soldadas de grande porte.

“A concepção levou em consideração o ajuste mecânico das posições dos transdutores e uma forma de construção de baixo custo. As chapas metálicas soldadas podem conter danos e fissuras após a operação de soldagem, comprometendo a integridade estrutural. Então, os alunos desenvolveram o dispositivo desde os desenhos até a fabricação”, explica Marcelo.

O pesquisador da UFPB conta que grande parte dos equipamentos para inspeção de soldagens são manuais e isso gera mais tempo na operação, dificultando o atendimento às necessidades das indústrias de equipamentos. “Dispositivos automáticos para inspeção de soldas já estão sendo utilizados pela indústria na inspeção de tubulação, vasos de pressão e outros. Esses equipamentos são, significativamente, caros. O dispositivo que desenvolvemos se apresenta como uma alternativa de baixo custo, sem abrir mão da confiabilidade”, diz Cavalcanti.

O mecanismo desenvolvido na UFPB é constituído por um carrinho e um módulo de inspeção, o que permite fazer o transporte dos componentes eletrônicos fundamentais para a ação completa por ultrassom. Segundo Marcelo, as ondas ultrassônicas são inseridas no material e, com a técnica da “Difração de Tempo de Voo”, calculam-se as dimensões e a posição dos defeitos que possam existir.

“Verificamos as trincas que, eventualmente, encontram-se inseridas no interior do cordão de solda. Assim, identificamos descontinuidades à medida que é feita uma varredura nele. O dispositivo poderá ser utilizado para treinamentos na UFPB e formarmos profissionais capazes de atuar em diversas ações na área de manutenção industrial”, destaca Marcelo.

O professor da UFPB revela que, devido à falta de material para confeccionar, o dispositivo ainda não foi concluído. Mas que, após a conclusão, poderá ser colocado em operação no laboratório e será apresentado em eventos técnicos da área de inspeção industrial.

“Uma ideia de setor para aplicação seria em reparos de embarcações de grande porte. Com a construção do estaleiro em Lucena, na Paraíba, haverá navios que precisarão de reparos e serviços de inspeções. É um lugar ideal onde o dispositivo poderá ser aplicado em grande escala”, almeja Cavalcanti.

Interessados na produção do mecanismo desenvolvido na UFPB podem entrar em contato pelo site da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da UFPB.

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