A Paraíba fechou 7.845 empregos com carteira assinada no começo deste ano, no pior resultado para janeiro desde 2004, quando a medição começou a ser feita. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (28) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, o número representa uma variação negativa de 1,94%.
O setor que mais demitiu foi a Indústria de Transformação, com 4.262 desligamentos; seguido de Serviços, com fechamento de 4.063 postos; Comércio, com 3.440; Agropecuária, com 3.096; e Construção Civil, com redução de 1.045 empregos formais.
De janeiro de 2018 a janeiro de 2019, o saldo na criação de empregos é baixo, mas é positivo, com a abertura de 545 postos de trabalho formais, o que representa uma pequena variação positiva de 0,14%.
A justificativa para os números negativos nos empregos da Paraíba pode ser porque janeiro registra dispensas no comércio, com o fim das contratações temporárias para as vendas de Natal. Em início de governo, a administração pública também demite terceirizados e comissionados.
A situação geral do país é bem diferente da verificada na Paraíba para janeiro. Conforme o Caged, o emprego formal no Brasil manteve a tendência de crescimento registrada em 2018 e fechou o primeiro mês de 2019 com saldo positivo de 34.313 postos de trabalho. Foi o segundo melhor saldo do mês janeiro desde 2013.
O resultado positivo decorreu de 1.325.183 admissões e 1.290.870 desligamentos. Nos últimos 12 meses, houve crescimento de 471.741 empregos, representando variação positiva de 1,24%.
Segundo o Caged, 11 dos 27 estados fecharam o mês com variação positiva no saldo de emprego. Os maiores resultados ocorreram em Santa Catarina, com 20.157 postos (+1,01%); São Paulo, com 14.638 postos (+0,12%); Rio Grande do Sul, com 12.431 postos (+0,49%); Mato Grosso, com 11.524 postos (+1,68%); Paraná, com 9.145 postos (+0,35%); Mato Grosso do Sul, com 6.094 postos (+1,21%); e Goiás, com 3.777 postos (+0,31%).
Os piores resultados foram verificados no Rio de Janeiro, com -12.253 postos (-0,37%); Paraíba, com -7.845 postos (-1,94%), Pernambuco, com -7.242 postos (-0,58%); Alagoas, com -5.034 postos (-1,43%); Ceará, com -4.982 empregos (-0,43%); Para, com -2.919 empregos (-0,40%); e Piauí, com -1.905 postos (-0,65%).
*Com informações da Agência Brasil