A Paraíba fechou 15.411 empregos formais, com carteira assinada, nos quatro primeiros meses de 2020, sendo mais de 8,3 mil somente em abril. É o pior resultado para o mês desde quando a medição começou a ser feita em 2004.
O saldo negativo identificado de janeiro a abril deste ano no estado é resultado de 36.810 contratações contra 52.221 desligamentos. Em abril, foram 3.294 admissões frente a 11.593 desligamentos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Cadastro Geral de Empregados Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia.
Em janeiro, foram 1.573 postos de trabalho fechados, em fevereiro, 2.959; em março, 798; e em abril, 8.299. O número negativo de abril já pode ser relacionado com os danos provocados na economia pelo novo coronavírus.
A pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março. A Paraíba decretou estado de emergência com medidas de isolamento em 13 de março, teve o primeiro caso contabilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no dia 18 de março e a primeira morte pelo novo vírus em 31 de março.
Os setores que mais demitiram na Paraíba em abril foram ‘Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas’ (2.303); ‘Indústria geral’ (1.716); ‘Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas’ (1.307); e ‘Alojamento e alimentação’ (1.016).
Conforme o Caged, desde 2004, o melhor resultado na geração de empregos formais em abril foi registrado em 2007, quando o mês teve geração de 2.104 postos de trabalho; o pior, antes do registro de 2020, era o de 2015, quando 3.107 empregos formais foram fechados.
O Brasil fechou 860.503 postos de trabalho com carteira assinada em abril deste ano. O saldo é resultado de 598.596 contratações frente a 1.459.099 demissões no quarto mês do ano. O salário médio real de admissão no Brasil ficou em R$ 1.814,62 em abril.
Para efeito de comparação, em abril do ano passado, o país havia aberto mais vagas do que fechado (saldo positivo de 129.601 postos de trabalho), com 1.374.628 admissões e 1.245.071 demissões.
Entre março e abril, os dois meses que mais impactaram a economia brasileira devido ao novo coronavírus, o Brasil criou 1.984.722 vagas formais. Por outro lado, os patrões mandaram embora 3.085.927 pessoas que tinham carteira assinada. Com isso, o saldo negativo da pandemia já está em 1.101.205 postos formais.