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PB perde quase mil leitos de internação do SUS em cinco anos; Saúde estadual explica

A Paraíba perdeu 995 leitos de internação pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2010 e 2015. O levantamento é do Conselho federal de Medicina (CFM) e foi divulgado nesta terça (17). O estado está entre as 19 Unidades Federativas do País que, juntas, tiveram queda de quase 24 mil nesses leitos de internação, que são aqueles destinados a pacientes que precisam permanecer num hospital por mais de 24 horas. A Secretaria de Saúde do Estado informou que essa informação do CFM refere-se a instituições filantrópicas, municipais e privadas.

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Em 2010, a Paraíba tinha 8.134 letos de internação, número que foi reduzido para 7.139 até 2015. No Brasil, havia 335,5 mil deles para uso exclusivo do SUS, número que chegou a 312 mil em dezembro de 2015, o que, segundo o CFM, representa uma queda de 13 leitos por dia. Dentre as especialidades mais afetadas no período, na Paraíba, a mais afetada foi a de Pediatria, com perda de 410 leitos deles.

“A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de contrair infecções”, constata o presidente do CFM, Carlos Vital.

A Secretaria de Saúde do Estado (SES) disse, em nota, que essa informação do CFM refere-se a instituições filantrópicas, municipais e privadas. “No que se refere à rede estadual de Saúde da Paraíba, de responsabilidade da Secretaria de Estado da Saúde, os leitos reduzidos são em decorrência da reforma psiquiátrica que prevê um atendimento mais humanizado, com a disponibilidade de ações que socializam o usuário e, dessa forma, diminui o tempo de internação, conseqüentemente, ocorre a redução de leitos”, diz a nota.

Ainda conforme a SES, ocorre o crescimento de atendimentos e acompanhamentos nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A Paraíba é o estado com o maior número destes serviços, com 101 Caps.

“Ainda dentro da política de reforma psiquiátrica, está sendo implementada a inclusão dos pacientes com sofrimento mental em toda a rede hospitalar”, diz o texto da SES.

A Secretaria de Saúde ainda afirmou que, nos últimos anos, tem envidado esforços no sentido de dar cobertura assistencial a todas as cidades da Paraíba, com o acréscimo de 526 leitos no período de 2010 a 2016 demonstrado pelos seguintes totais, sendo 2.602 leitos gerais em 2016 em 2.602, frente aos 2.076 de 2010, o que representa um acréscimo de 526 leitos.

Ainda segundo a SES, a rede hospitalar estadual é composta por 35 unidades assistenciais, incluindo três UPAs. “Essas unidades compõem-se de Hospitais Gerais de Urgência e Emergência, de Hospitais de Especialidades Específicas de média e alta complexidade, Maternidades, Hospital de Doenças Infectocontagiosas e Complexos pediátricos e psiquiátrico”, diz a nota da SES.

De acordo com a SES, essas 35 unidades possuem o total de 2.602 leitos, sendo 460 auxiliares (urgência, emergência, observação, URPA (Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA), etc) e 2.142 leitos de internação distribuídos nas diversas especialidades (Clínica médica, Clinica Cirúrgica, Clínica Pediátrica, Clínica Obstétrica, Psiquiatria e Terapia Intensiva).

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