A maioria dos brasileiros estava ansiosa para se despedir de 2016 – um ano que jamais será esquecido.
Eu concordo. E endosso.
Porém, ao contrário do que pregam alguns, 2016 será inesquecível para mim pelos melhores motivos.
Poucos anos foram tão bons. E tão venturosos nos 360 graus da minha vida: saúde, família, negócios.
Tive, por exemplo, o privilégio de voltar a estudar.
Me senti, de novo, menino – bolsa a tiracolo, caderno e lápis, desenferrujando o cérebro numa sala multicultural em Nova Iorque.
Nos negócios, o concorrente fechou a barraca e me deixou sozinho, nadando de braçada no mercado.
Nem mesmo as retrações econômicas intimidaram nossa trajetória empresarial, que cumpriu agenda de inaugurações em várias partes do Estado.
Entre os meus, a paz reinou: ninguém sofreu uma só topada e seguem todos, com as Graças de Deus, trabalhando, estudando, vivendo com plenitude.
A família escolhida – formada pelos amigos – só aumentou. Tanto quantitativa quanto qualitativamente.
Muitos deles, inclusive, saíram vitoriosos das eleições municipais – a primeira sob a égide de uma legislação mais espartana e rigorosa.
Como cidadão, nutri preocupações – claro – com o Brasil. Mas, ao mesmo tempo, entendi que (a duras penas) estamos finalmente enfrentando problemas seculares.
Foi reconfortante, por exemplo, testemunhar o Brasil realizando um impeachment presidencial sem se apartar, um só milímetro, dos preceitos democráticos.
Polícia Federal, Ministério Público, Justiça e Congresso atuaram em conjunto, seguindo os ritos e leis, numa ação aprovada pela maioria dos brasileiros.
Para completar o pacote de boas novas cívicas, testemunhamos um fenômeno inimaginável no Brasil:
As prisões de megaempresários, políticos e gestores – gente cuja ambiência sempre foi o poder e que, no Brasil de 2016, foi apresentada formalmente a geometria quadricular do sol.
Quando, no País dos intocáveis, imaginaríamos que os poderosos iriam parar atrás das grades?
Suas prisões desenham curva de tendência de combate à impunidade, um dos problemas mais graves e crônicos do País.
O Brasil que pune – independente do poder (político e do dinheiro) – é também o País que tenta se modernizar.
E chegamos a 2017 com várias reformas em curso – Previdência, Orçamento, Trabalhista.
São intervenções profundas e necessárias para que, neste ano que começa, o Brasil e os brasileiros aportem, enfim, no século XXI.
Do que poderia reclamar?
Sou grato a 2016. E recebo, com esperança e fé, esse 2017 que acaba de chegar.
Saúde e paz a todos.