As pesquisas internas começam a aparecer. Uma delas, do PMDB, já estaria circulando pelos principais corredores de João Pessoa. Pelos números, as eleições de outubro deste ano caminharão para um segundo turno. Bom, até aí, normal, porque, a exemplo de 2012, os pré-candidatos já postos, principalmente pelos grandes partidos, são fortes e a disputa promete ser acirrada, aliás, a pré-campanha já está, imaginem quando agosto chegar. A não ser que aconteça um fato extraordinário, devemos mesmo ir às urnas duas vezes.
Outro dado que chegou até mim foi a questão da mudança ou não de gestão por parte do pessoense. Optei por não citar números, evitando assim ser acusada de tentar, ainda que eu não seja esse ‘balaio’ todo, influenciar quem quer que seja. O que eu digo e repito quantas vezes achar que devo, é que os eleitores precisam olhar mais para a cidade onde votam, para o que está sendo feito. E essa dica, porque se conselho fosse bom não se dava, se vendia, vale para os 223 municípios da Paraíba.
A consciência é de cada um. Quem digita os números somos nós, quem aperta as teclas – seja ela qual for – da urna eletrônica somos nós. Então, depois não venham reclamar do “leite derramado = voto perdido”, como muitos estão fazendo agora no caso de impeachment ou não da presidente Dilma Rousseff. Os sinais já eram claros na campanha, principalmente por ser uma candidatura à reeleição. Então, saibamos aproveitar o momento para uma reflexão do que queremos para janeiro de 2017.
Requerimento redemoinho
Requerimento apresentado pelo deputado Tovar Correia Lima movimentou a sessão de ontem na Assembleia Legislativa. A proposta pediu a aprovação da convocação do secretário Tárcio Pessoa, (Finanças), para explicar a “real situação do Estado”. Na verdade, no olho do furacão está a MP 242.
Independência…
Para quem não lembra, a MP 242 é aquela que ‘congela’ os salários dos servidores. O deputado-independente-governista Frei Anastácio, da tribuna, tratou de elogiar o secretário e dizer que a ida dele seria relevante à AL.
…ou morte?
“Não vou fazer cavalo de batalha porque a situação da Paraíba não é diferente das prefeituras e do governo federal”, analisou o petista Anastácio.
Apelo feito
Já a deputada Camila Toscano fez um apelo ao líder do Governo, Hervázio Bezerra, que estava na Mesa auxiliando Anísio Maia, para que liberasse a bancada para votar a favor, “porque explicação demais nunca é de menos”.
Apelo atendido
Da Mesa, Hervázio respondeu que poderia se colocar o requerimento em votação. Detalhe: naquele momento já era notório que não havia quórum.
Empenhando a ‘língua’
“Precisamos saber o que de fato está havendo de avanço nas negociações entre servidores e Governo”, completou Raniery Paulino. “Somos responsáveis por aprovar uma MP que lesa os direitos dos servidores. Eu tenho desconfiança de que não vai avançar em nada essa MP. Se avançar, ótimo, vou morder a língua”.
Falta 1
Em determinada hora, Manoel Ludgério pediu um aparte para solicitar que o setor de Recursos Humanos verificasse quem estava ausente e colocasse falta. Anísio Maia que estava presidindo a sessão disse: “Está anotado”.
Falta 2
O painel marcava mais de 30 ‘presentes’, mas no plenário não se contavam 15. Essas quebras de quórum são usadas em temas polêmicos.
“Natural”
O deputado João Gonçalves, no seu estilo apaziguador, disse que não houve uma quebra de quórum e que também não existiu orientação de bancada. A ausência, segundo ele, teria sido “natural”.
Aplauso
“Vocês [oposição] estão reclamando, hoje, o que nós reclamamos todos os dias, que é o comparecimento”, completou Anísio Maia.