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PF deverá apurar suposto uso indevido de dados do Sisu; paraibana foi prejudicada

O Ministério da Educação protocolou na tarde dessa quarta-feira (1º) o pedido de apuração de denúncias feitas por seis candidatos a vaga no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília. Os candidatos relataram o acesso indevido a dados pessoais, que teriam possibilitado mudanças de senha e informações de inscrição, como opção de curso. O processo de inscrição no Sisu foi concluído no último dia 29, com 2,4 milhões de inscritos.

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A estudante de João Pessoa Tereza Gayoso, de 23 anos, é uma das estudantes que se sentiram prejudicadas. Ela teve nota máxima na redação do Enem (mil pontos) e pretendia cursar Medicina. Quando foi checar sua classificação no Sisu, descobriu que tinha sido matriculada no curso de Produção de Cachaça, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, em Salinas. “Eu não consigo acreditar que fizeram essa ruindade comigo”, disse Tereza.

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Outro estudante, que preferiu não se identificar, foi matriculado no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre. “Acho triste eu precisar me preocupar com minha segurança em um site do governo”, disse.

O MEC informou à Polícia Federal que o sistema do Sisu não identificou qualquer indício de violação. “Não houve alertas nos sistemas de segurança. E nem há indício comportamental típico de episódios promovidos por hackers”, diz o texto.

O ofício do MEC, que pede a apuração dos fatos, é assinado pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, e direcionado ao diretor-geral do departamento da PF, Leandro Daiello Coimbra. No documento, o ministro informa que tem conhecimento de seis casos, diante dos 4,4 milhões de inscritos. No entanto, argumenta que, diante da relevância do tema, que mobiliza milhões de estudantes, e da gravidade das denúncias, considera necessário proceder a uma investigação para que se apurem os fatos relatados, visando o esclarecimento à sociedade. O documento foi encaminhado pelo chefe de gabinete da Secretaria de Educação Superior (Sesu), Ataíde Alves.

“Os relatos dão conta de acessos feitos por terceiros às inscrições, com o propósito de alterar curso e instituição de ensino. É importante destacar que a senha dos candidatos é sigilosa e só pode ser alterada pelo candidato ou por alguém que tenha acesso indevidamente a dados pessoais do candidato”, diz um trecho do documento, que pode ser conferido na íntegra abaixo.

No documento, o MEC reiterou que todas as ações realizadas no sistema do Sisu são gravadas em log (registro de acessos em um sistema de computação), que permite a realização de uma auditoria completa. “A partir da divulgação dos casos citados, as equipes técnicas do Inep e da Sesu identificaram no sistema data, hora, local, operadora e IPs de onde partiram as mudanças de senha destes”. Todos esses dados foram protocolados em anexo. No documento assinado pelo ministro Mendonça Filho, o MEC reiterou que está à disposição da PF para prestar todas as informações necessárias ao esclarecimento pleno dos fatos.

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