O consumo regular de alimentos doces, em cinco dias ou mais na semana, é uma prática de 15,8% dos adultos, na Paraíba, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada nesta quarta-feira (18), pelo IBGE. Bolos, tortas, chocolates, gelatinas, balas e biscoitos ou bolachas recheadas são exemplos dos produtos considerados pelo levantamento, que também apontou que, nacionalmente, esse percentual foi de 14,8%, enquanto regionalmente foi de 11,8%.
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Esse hábito é mais frequente entre a parcela masculina de habitantes (17,2%) do que entre a feminina (14,6%). Além disso, de modo geral, o consumo regular de alimentos doces diminui conforme o avanço das faixas etárias. No grupo de 18 a 24 anos, a proporção de pessoas que têm esse costume foi de 28,5%, diminuindo para 18,5% no de 25 a 39 anos e caindo para 9,9% no de 40 a 59 anos. Entre aqueles que têm 60 anos ou mais, porém, o percentual é um pouco maior, de 12,8%.
Já o percentual daqueles que consumiram cinco ou mais grupos de alimentos ultraprocessados, no dia anterior à entrevista da pesquisa, foi de 9,5%. Embora tenha ficado abaixo da média brasileira (14,3%), a proporção ficou acima do resultado regional (8,8%). Entre os itens considerados pelo estudo estão: bebida achocolatada ou iogurte com sabor; salgadinho de pacote ou biscoito salgado; biscoito doce ou recheado ou bolo de pacote; salsicha, linguiça, mortadela e presunto.
Quanto ao consumo regular de refrigerante, ou seja, em cinco dias ou mais por semana, 4,8% da população de 18 anos ou mais de idade da Paraíba tinha esse hábito. O indicador foi o 5º menor do país e ficou abaixo das médias da região (5,2%) e do Brasil (9,2%).
Além disso, somente 9,6% dos adultos do estado tinham um consumo de hortaliças e frutas conforme o recomendado, proporção maior que a verificada regionalmente (9%), porém menor que a observada nacionalmente (13%). O consumo recomendado é de, pelo menos, 25 porções de hortaliças ou frutas, inclusive suco, por semana, considerando a soma dessas porções, o que equivale, aproximadamente, ao consumo diário de cinco porções desses alimentos.
Ao analisar a prática de atividades físicas, a PNS estimou que cerca de 46,5% das pessoas de 18 anos ou mais de idade, na Paraíba, são insuficientemente ativas. A expressão caracteriza aqueles que não praticam atividade física ou o fazem por menos do que 150 minutos por semana, considerando: lazer, trabalho e deslocamento para o trabalho ou atividades habituais.
O percentual paraibano, que aponta para aproximadamente 1,39 milhão de pessoas nessa condição, foi maior que os registrados nas médias do Nordeste (43,1%) e do Brasil (40,3%). No estado, entre os homens, a proporção de insuficientemente ativos foi de 37,4%, ao passo que foi de 54,5% entre as mulheres.
De acordo com a pesquisa, cerca de 59,5% dos adultos no estado autoavaliam a saúde como boa ou muito boa, indicador abaixo da média nacional (66,1%), mas acima da regional (56,7%). Isso ocorre com mais frequência entre os homens (65,4%) do que entre as mulheres (54,4%), além de ser mais comum entre as pessoas que têm o ensino médio completo e o superior incompleto (73,7%) e as que têm o superior completo (76,5%).