No terceiro episódio do Poder em Debate, recebemos Ozaes Mangueira, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), para uma conversa sobre os desafios e perspectivas do setor, que representa cerca de 40% do PIB da Paraíba.
Durante o bate-papo, Ozaes destacou como João Pessoa tem se consolidado como um dos destinos turísticos mais desejados do Brasil. Ele ressaltou o papel do poder público na promoção das belezas naturais da cidade, que encantam visitantes de todo o país. No entanto, um fator inesperado tem chamado a atenção dos turistas: o alto padrão do parque imobiliário pessoense.
“Eles se surpreendem ao ver a qualidade da construção civil em João Pessoa. Nossa arquitetura não fica a desejar em relação a nenhuma outra do Brasil. Temos edifícios bem concebidos e bem construídos, graças ao trabalho de arquitetos e engenheiros muito competentes”, afirmou Ozaes.
Essa estrutura de alto nível tem levado muitos visitantes a considerarem João Pessoa não apenas como um destino para passeios, mas como uma possível moradia. O interesse pelo setor imobiliário cresce à medida que turistas percebem a qualidade de vida e a tranquilidade que a cidade oferece.
Além disso, uma recente pesquisa do FipeZap apontou que João Pessoa foi uma das quatro cidades do Brasil com maior valorização do metro quadrado, registrando um crescimento de aproximadamente 15%. No entanto, Ozaes ressaltou que, apesar dessa valorização, a capital paraibana ainda possui um dos metros quadrados mais acessíveis entre as capitais do Brasil, especialmente no Nordeste.
“Ainda temos muito espaço para crescer. João Pessoa segue sendo uma cidade atrativa para investimentos imobiliários, com preços de apartamentos, casas e terrenos mais interessantes do que em outras capitais”, disse o presidente do Sinduscon-JP.
Nos últimos anos, alguns empreendimentos foram questionados judicialmente por terem ultrapassado os limites de altura estabelecidos pela legislação urbana. Ozaes esclareceu que essas variações ocorreram para atender normas técnicas, como as de desempenho e segurança contra incêndios, e que os desvios foram mínimos, não comprometendo a intenção original do legislador.
“Eu imagino que deve-se analisar cada caso e, ao se verificar isso, nota-se que o prédio em questão não destoa da sua vizinhança. Dito isso, não é algo que possa estar causando um grande impacto na paisagem, na ventilação ou no sombreamento de João Pessoa. Então, eu espero que os poderes constituídos e o Sinduscon possam se reunir para criar formas de evitar que isso se repita. Que possamos passar por essa transição, ajustando como as coisas eram feitas e como podemos fazer daqui para frente, sem que isso leve as empresas a quebrar. Não é interessante que essas questões levem tanto tempo para serem solucionadas, pois acabam gerando notícias negativas para nossa cidade.”explicou.
Acompanhe esse bate-papo e entenda o impacto da construção civil na economia do estado!