A Polícia Militar está no acampamento ‘15 de Novembro’, em Santa Rita, na região metropolitana de João Pessoa, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (15). O objetivo é retirar as 300 famílias que estariam em situação irregular no local. Segundo a assessoria da PM, a ação ocorre a partir de um mandado judicial, mas os detalhes ainda são apurados.
Conforme o deputado estadual Frei Anastácio, a PM estaria utilizando tratores para destruir barracos e plantações e já teria detido cinco pessoas. Ele diz ainda que “são cerca de mil hectares de terras que pertencem a Arquidiocese da Paraíba e foram griladas pela usina São João. É justamente essa terra que as 300 famílias estão reivindicando. Mesmo assim, a usina entrou com ação de despejo e conseguiu destruir o acampamento”.
Por meio da assessoria de comunicação, a Arquidiocese da Paraíba diz que possui terrenos no distrito de Livramento, em Santa Rita, mas não pode afirmar se a área que sofreu intervenção da Polícia Militar para retirada das famílias está sob responsabilidade da instituição. Informa ainda que o setor de Patrimônio vai entrar em contato com a prefeitura de Santa Rita para se certificar dos limites topográficos do distrito e verificar junto com as escrituras se essa área do assentamento faz parte ou não da sociedade da Arquidiocese.
Segundo o parlamentar, o acampamento foi formado no dia da Proclamação da República, em 2013. As famílias já estavam com plantação de mil pés de banana, 200 pés de coco, de macaxeira, entre outras culturas.
Conforme Anastácio, os acampados são do distrito de Livramento, onde moram cerca de três mil famílias que receberam terreno para construir casas doadas pela igreja, na gestão de Dom José Maria Pires, quando era arcebispo da Paraíba.