A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (20) a Operação Gafanhoto, com o objetivo de combater a extração ilegal de areia no município de Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências da cidade. As ordens judiciais foram expedidas pela 16ª Vara da Justiça Federal da Paraíba.
Conforme as investigações, donos de areeiros clandestinos são suspeitos de extrair e comercializar o minério sem pagar taxas e impostos. Após o esgotamento da reserva, eles abandonavam a área e a deixavam totalmente danificada.
De acordo com a Polícia Federal, os empresários atuavam nessa atividade sem autorização específica da Agência Nacional de Mineração e da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). Eles vendiam a carrada de areia extraída ilegalmente por um valor bem menor, prejudicando quem vende legalizado, fazendo concorrência desleal. Além dos donos dos areeiros, os ficheiros, operadores de máquinas e caçambeiros também podem responder por roubo de matéria-prima da União e crime ambiental.
As condutas praticadas pelos comerciantes clandestinos configuram os crimes previstos por falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
A areia é um dos recursos mais relevantes para a indústria da construção civil, sendo usadas em todo mundo, por volta de 40 a 50 bilhões de toneladas/ano desse recurso mineral, conforme estimativa das Nações Unidas no ano de 2019.
O especialista em Direito Ambiental e agente da Polícia Federal, Luís Fernando Ramadon, lista os prejuízos da extração ilegal de areia: