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Polícia prende 19 pessoas em operação contra fraude na PMJP

A polícia prendeu 19 pessoas, sendo 13 servidores públicos da prefeitura, durante a Operação Parcela Débito deflagrada nesta quinta-feira (24) para investigar irregularidades na folha de pagamento do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa (IPM). A previsão é de que tenham sido desviados até R$ 30 milhões pelo grupo investigado. Os nomes deles não foram divulgados porque estão sob segredo de justiça.

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De acordo com o controlador geral do município, Severino Queiroz, pode-se dizer que os envolvidos eram verdadeiros ‘gênios do mal’. Eles conseguiam inserir gratificações irregulares nas fichas financeiras sem que os valores fossem creditados nas contas dos aposentados ou pensionistas, sendo creditados nas contas de um determinado grupo de pessoas; aumentavam irregularmente gratificações de aposentados para que os valores fossem repassados a terceiros; mantinham irregularmente pensionistas na folha de pagamento acima da idade-limite, visando a que os valores fossem desviados, entre outras.

“Na hora que o crédito iria para o banco era feita a manipulação de banco de dados. O setor de tecnologia da informação do IPM excluía esses valores, que não iam para o contracheque, não ia para conta e eles separavam e rateavam para pessoas de interesse da organização criminosa. Era muito difícil detectar. Foi feito cruzamento das ordens de crédito bancário, com isso percebeu-se que as pessoas estavam recebendo valores sem sequer serem funcionários. Eram gênios do mal”, informou Severino Queiroz.

As irregularidades foram detectadas durante auditorias realizadas pela Controladoria do Município no segundo semestre de 2016, que imediatamente comunicou ao Ministério Público. Os levantamentos do Gaeco demonstraram que os primeiros sinais de irregularidades na Folha de Pagamento do IPM teriam sido detectados quando da Operação Pão e Circo, deflagrada em 2012.

Na ocasião foram apreendidos, na residência de um dos alvos daquela operação, contracheques de servidores e de pensionistas, cartões bancários em nome de servidores e documentos que comprovariam a utilização de cheques de aposentados e pensionistas do IPM para o custeio de despesas pessoais do investigado, inclusive para o pagamento de um apartamento em João Pessoa, sinalizando que as irregularidades vinham sendo praticadas havia vários anos.

As investigações foram realizadas com o apoio direto do atual Superintendente do IPM, que disponibilizou todos os dados necessários à identificação das irregularidades e à quantificação da estimativa do dano causado aos cofres do Instituto de Previdência do Município de João Pessoa.

A Operação, realizada de forma conjunta, está cumprindo 22 mandados de busca e apreensão, 20 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de condução coercitiva. Todos os mandados estão sendo cumpridos no município de João Pessoa. Participam da operação especial 10 Promotores de Justiça, 20 Servidores do Gaeco, 11 Servidores da Controladoria-Geral de João Pessoa, 104 Policiais Civis e 56 Policiais Militares da Paraíba.

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