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Policiais envolvidos na morte de vigilante prestam depoimento

Cerca de 20 policiais que participaram da ação contra bandidos que explodiram uma agência da Caixa Econômica na madrugada desta sexta-feira (8), no bairro de Tibiri II, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, se apresentaram para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios de João Pessoa.

Os depoimentos são necessários para esclarecer a morte do vigilante Deivisson Pereira, de 40 anos, que não estava de serviço, mas foi baleado durante a ação criminosa em uma rua próxima da agência. A suspeita é de que os tiros que atingiram a vítima tenham partido da polícia.

Leia também: Testemunha diz que PM matou vigilante inocente: ‘Tentei avisálos’

A informação sobre os depoimentos foi confirmada ao Portal Correio pelo delegado plantonista que registrou a ocorrência, Canrobert Rodrigues. Agora, a investigação segue com o delegado Alexandre Fernandes, da Delegacia de Homicídios de João Pessoa.

O Portal Correio tentou contato com o delegado e com a Delegacia de Homicídios para saber detalhes sobre os depoimentos e sobre a investigação do crime em si, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta matéria.

Testemunha diz que vigilante foi morto pela PM

Uma testemunha da morte do vigilante Deivisson Pereira acusou a Polícia Militar de ter sido precipitada e matado um inocente. A vítima estava com a namorada em um uber, em área próxima à agência bancária onde acontecia um roubo, no bairro de Tibiri.

A testemunha afirmou que não houve troca de tiros entre bandidos e policiais, descartando a hipótese de ‘bala perdida’.

Segundo a testemunha, não havia assaltantes na rua onde aconteceu o caso. Ela alegou que tentou avisar aos policiais de que se tratavam de inocentes no carro, mas eles teriam continuado a atirar. Deivisson Pereira ainda foi socorrido no próprio carro de uber para o Hospital de Emergência e Trauma, mas morreu instantes após dar entrada na unidade.

O Portal Correio confirmou com a base da Polícia Militar na unidade de saúde que o corpo da vítima apresentava quatro perfurações. No entanto, o veículo só tinha uma marca de projétil.

Apesar de trabalhar como vigilante, Deivisson não estaria armado no momento do tiroteio. A testemunha afirmou que não houve qualquer reação das pessoas que estavam no carro. Para ela, não havia motivos aparentes que fizessem a polícia acreditar que aquelas pessoas seriam parte da quadrilha que atacou o banco – a não ser a proximidade do local à agência.

PM vai investigar

De acordo com a capitão Carla, da assessoria de comunicação da Polícia Militar, a morte do vigilante vai ser apurada pela Polícia Civil e pela PM.

“Os policiais chegaram ao local e afirmaram que se depararam com os bandidos atirando e colocaram fogo em um carro na entrada do bairro. Lamentamos essa questão da morte (do vigilante), entretanto as circunstâncias da morte dele estão sendo apuradas pela Polícia Civil e também pela Polícia Militar através de procedimentos apuratórios e só após a conclusão dessas apurações é que teremos esclarecimentos sobre como ocorreram os fatos”, afirmou a capitão.

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