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Pombos invadem casas e se transformam em problema de sa?de p?blica no Sert

Mais de uma centena de pombos escolheu uma área residencial do município de Sousa, no Sertão a 438 quilômetros de João Pessoa, para fazer morada e numa delas a dona da casa teve que desocupar o imóvel por causa dos novos ‘inquilinos’. O caso foi denunciado à Prefeitura do Município que está tratando o caso como um problema de saúde pública.

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O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Sousa, Paulo Sérgio, informou que já foi ao local conhecer a situação e a dona da residência mais alta, um duplex, saiu há mais de uma semana de casa com medo do risco que corria em meio à quantidade de fezes acumuladas pelas aves. Além disso, Paulo Sérgio disse que é grande a quantidade de pequenos insetos atraídos pelo excremento dos bichos.

“Não tomamos ainda nenhuma providência porque enviamos um ofício ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para saber de quem é a competência para resolver o problema”, revelou. Ele disse que aconselhou a moradora mais prejudicada com a situação a procurar o Ministério Público Estadual e fazer uma denúncia para que o órgão notifique o Ibama para decidir o que deve ser feito para resolver a situação.

Além da residência mais alta, que é a mais prejudicada por atrair o maior número de pombos, quase uma dezena de casas da vizinhança também estão sendo atingidas pela ‘hospedaria’ arranjada pelos pombos, o que provoca mal cheiro e perigo iminente de se contrair doenças que podem ser transmitidas por essas aves.

O Portal Correio falou com o chefe do Escritório Regional do Ibama em Sousa, Fábio Diniz, que informou tratar-se de um animal exótico, mas considerado doméstico como a galinha. Ele informou que se deve cumprir a resolução normativa de número 141 de 2006, que regulamenta o controle e o manejo da fauna sinantrópica nociva.

Ele disse que, de acordo com a resolução, esses animais, nos quais estão enquadrados os pombos, podem ser manejados pelos órgãos de controle de zoonoses dos Municípios e não precisam da autorização do Ibama para isso. “A providência cabe à própria Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente do Município de Sousa”, esclareceu.

Transmissão de doenças

Os pombos urbanos, de acordo com manual de manejo da Secretaria de Saúde de São Paulo, são encontrados no mundo todo. Foram trazidos ao Brasil pelos imigrantes europeus no século 16. Essas aves utilizam como abrigos locais altos para usar como ponto de visibilidade e captura de alimento que pode ser grão, fruta ou inseto.

Apesar de serem correios e símbolos da paz, eles também podem transmitir doenças, como alergias, dermatites, e ainda a salmonelose, ornitose, histoplasmose e criptococose.

A criptococose é transmitida pelo fungo Cryptococus neoformans e se apresenta como uma meningite subaguda ou crônica. Ela é transmitida pelas fezes secas desses animais. A histoplasmose é transmitida pelo fungo Histoplasma apsulatumse e se apresenta como uma doença pulmonar. Esse fungo e é encontrado também no acúmulo de fezes secas dos pombos.

Já a Ornitose é transmitida pelo fungo Chlamydia psittaci e os sintomas são os de doença pulmonar e ainda diarreia e vômito. Ela é transmitida por poeira gerada pelas fezes ou secreções de aves doentes.

A Salmonelose é transmitida pela bactéria Salmonella e seus sintomas são vômitos, diarreia, febre e dores abdominais.

Cuidados

Para evitar a transmissão de doenças, a recomendação da cartilha é não deixar acumular fezes desses animais e fazer a limpeza e desinfecção do local onde eles vivem com solução desinfetante. Durante a limpeza, é necessário proteger o nariz e a boca com máscaras.

Uma forma de impedir a entradas dessas aves em construções é fechando as janelas e aberturas com telas ou com alvenaria. Outra maneira, conforme a cartilha, é recolher sobras de alimentos de outros animais domésticos para não atrair essas aves.

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