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Por que o torcedor do Fluminense pode acreditar no título do Mundial?

Diante da disparidade entre o futebol europeu e brasileiro nos últimos anos, é possível o Fluminense sonhar como título?
Jogadores do Fluminense comemorando a vitória contra o Al Ahly no Mudial. Foto: Giuseppe Cacace/AFP

O Fluminense entra em campo, buscando escrever mais um importante capítulo da sua história, nesta sexta-feira (21). O Tricolor das Laranjeiras vai enfrentar o Manchester City, às 15h (horário de Brasília), pela final do Mundial de Clubes, disputado na Arábia Saudita.

A taça é inédita para os dois clubes. O Fluminense chega para esse jogo tentando quebrar um jejum do futebol brasileiro que não conquista um Mundial desde 2012. Já o City tenta colocar o 16º troféu da sua prateleira desde a chegada de Pep Guardiola ao clube.

Diante da disparidade entre o futebol europeu e brasileiro nos últimos anos, é possível o Fluminense sonhar como título? Abaixo, vamos listar alguns motivos que podem fazer o torcedor acreditar.

Dinizismo”

A segunda passagem pelo Fluminense é a mais longeva e vitoriosa da carreira do técnico Fernando Diniz. São 114 jogos com 62 vitórias, 22 empates e 29 derrotas, com um aproveitamento de 54,3%. O ponto mais alto dessa trajetória, claro, foi a conquista inédita da Libertadores.

Se em outros clubes que passou, Fernando Diniz teve dificuldades de implantar o seu estilo de jogo – conhecido como “Dinizismo” – no Tricolor das Laranjeiras foi diferente. Ao longo desse mais de um ano, Diniz conseguiu consolidar seu jogo ofensivo, potencializar jogadores novos e mais experientes e ter mais regularidade.

Fernando Diniz está em sua segunda passagem pelo Fluminense. Foto: Foto: Mauro Pimentel/AFP

Outra característica importante do trabalho de Diniz é a sua gestão do elenco, sempre tratando essa hierarquia entre treinador e jogador de uma forma mais humanizada. Para além do que cada jogador pode acrescentar tecnicamente na equipe, Diniz sempre considera em seu trabalho as vivências extracampo que formaram os jogadores. Isso claro também reflete dentro de campo, onde todos os atletas, desde Marcelo até John Kennedy acreditam no Dinizismo.

O iluminado John Kennedy

O jovem atacante de 21 anos talvez seja o retrato mais completo desse Fluminense. John Kennedy chegou às categorias de base Tricolor das Laranjeiras depois de se destacar na Taça BH pelo Social de João del-Rei, em 2017. No entanto, os seus problemas de comportamento fora de campo acabaram ofuscando o talento do jovem jogador no Fluminense. Então, em 2023, o clube decidiu emprestá-lo à Ferroviária.

Com o time de Araraquara, John Kennedy marcou seis gols em 11 jogos, sendo o grande destaque da Locomotiva no Paulistão que acabou sendo rebaixada. Ainda no primeiro semestre deste ano, o atacante retornou para o Fluminense à pedido do técnico Fernando Diniz. O treinador acreditava que ele merecia mais uma chance.

Mesmo não sendo titular absoluto do Tricolor, John Kennedy foi decisivo nos jogos mais importantes da história do Fluminense o trouxeram até o Mundial. Nas semifinais da Libertadores, John Kennedy deu uma assistência para o gol que abriu o placar do jogo de ida contra o Internacional.

Na partida de volta, ele saiu do banco de reservas faltando dez minutos para o fim de jogo e deu início a virada histórica do Fluminense no estádio Beira-Rio que garantiu o time na final da Libertadores. John Kennedy marcou o gol que deixou tudo igual no placar contra o Internacional.

John Kennedy comemorando o gol na final da Libertadores contra o Boca Juniors. Foto: Sergio Moraes/Reuters

Na grande final da Libertadores diante do Boca Juniors, John Kennedy foi protagonista de uma história semelhante. Quando o placar do jogo insistia em ficar empatado em 1 a 1, Diniz chamou Kennedy que entrou e decidiu mais uma vez. Com o talento, ousadia e tranquilidade de grandes jogadores, o atacante marcou o golaço do título inédito do Fluminense, que também cravou o nome de John Kennedy no Tricolor das Laranjeiras.

No Mundial de Clubes, John Kennedy segue com seu poder de decisão. Ele sacramentou a vitória do Fluminense por 2 a 0 contra o Al Ahly, confirmando o time na sua primeira final da competição.

“Não impede de sonhar”

O Manchester City é o favorito para o duelo contra o Fluminense, mesmo com os desfalques de Halaand, De Bruyne e Doku e com o time não vivendo os seus melhores momentos, especialmente, na Premier League. Mas para o técnico Fernando Diniz, o favoritismo do time inglês não tira a confiança e o sonho da equipe brasileira em buscar o título.

“Quando a gente vai jogar futebol, a primeira coisa que você tem que ter é confiança de que você pode vencer. Sempre entrei com a intenção de vencer o jogo. O Fluminense vai fazer o máximo possível para vencer. Vamos enfrentar o melhor time do mundo, mas isso não nos impede de sonhar e fazer o nosso melhor. O que vamos fazer amanhã é ser o melhor possível”, falou Diniz.

O desafio do Fluminense não é fácil. Apesar de viver o seu melhor momento, o time apresenta algumas dificuldades. A exposição no setor defensivo, principalmente pelo lado esquerdo, quando a equipe se lança ao ataque. Além disso, o Tricolor também apresenta dificuldades em propor o seu jogo quando o adversário tem mais posse de bola, como é o caso do Manchester City.

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