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Postos da Paraíba operam com restrição de diesel; entenda

Postos de bandeira branca (marca própria) podem ter dificuldade de adquirir o produto, mas Sindipetro-PB diz que não há risco de desabastecimento
Diesel
Setores reclamam do preço do diesel (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Postos de combustíveis da Paraíba estão operando com restrição de diesel, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetro-PB). 

Isso significa que os postos de bandeira branca (marca própria) podem ter dificuldade de adquirir o produto. A entrega segue sendo obrigatória para postos que possuem contratos com as distribuidoras.

A restrição ocorre desde o mês de maio, quando a Petrobras anunciou o fim da paridade internacional como base principal para os reajustes, política que estava em vigor desde 2017. 

Omar Hamad, representante do Sindipetro-PB, ressalta que a restrição não é o mesmo que falta de combustíveis, nem risco de desabastecimento. Segundo ele, não foram verificados problemas de entrega de diesel no estado.

“Não registramos atrasos em entregas e também não há perigo de falta de abastecimento”, garante.

Ao Portal Correio, o presidente do Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entregas (Sindmae-PB), João Antônio, diz que a categoria não percebeu diferença na oferta de diesel em postos da Paraíba.

“Nenhum caminhoneiro aqui do estado deixou de abastecer por falta de diesel. Tivemos contato com a federação regional esta semana e também não há nenhum relato dessa natureza em outros estados do Nordeste”, assegura.

Caminhoneiros reclamam de preços

Por outro lado, Sindmae-PB revela que a atual preocupação dos motoristas e ajudantes de entregas é com os custos dos fretes.

“Os reajustes abusivos geram muitos impactos. Alguns caminhoneiros autônomos já estão desistindo da atividade. Imagine só, ele investe entre R$ 80 mil e R$ 100 mil, mas fazer frete não compensa mais. Se o caminhão quebra, ele não tem condição de consertar. Na verdade, os aumentos prejudicam não só a vida profissional dos caminhoneiros, mas a pessoal também, porque o custo de vida sobe para todo mundo”, aponta o diretor de comunicação do Sindmae-PB, Josevaldo Sousa.

Apesar dos problemas, não existe plano de paralisação ou greve da categoria.

Reajuste afeta postos, órgãos públicos e população geral

Um gerente de um posto de combustíveis da Capital reportou ao Portal Correio que até contratos com órgãos públicos foram impactados pelos novos preços dos combustíveis. O profissional, que preferiu não ser identificado pela reportagem, contou que valores contratados se tornaram inferiores aos que os postos pagavam às distribuidoras. Por essa razão, foi necessário suspender acordos anteriores e reformular contratos para dar continuidade ao fornecimento.

Conforme o Procon Municipal divulgou na última quarta-feira (23), o preço do diesel em João Pessoa varia entre R$ 4,99 e R$ 6,29. Os valores são maiores do que os registrados na pesquisa anterior, quando a oscilação ia de R$ 4,66 para R$ 5,99. No período compreendido entre os dois levantamentos, apenas um posto reduziu preço, 91 aumentaram e 10 mantiveram os valores.

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