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Preço do gás de cozinha pode ficar até R$ 7 mais caro

O preço do gás de cozinha para botijões de 13 kg vai ficar mais caro para o consumidor nos próximos dias. É que a Petrobras anunciou que, a partir desta terça-feira (6), o Gás Liquefeito de Petróleo de uso residencial (GLP-P13) será reajustado em 8,5% nas refinarias da companhia. O Sindicato dos Revendedores de Gás GLP da Paraíba (Siregás-PB) depende do reajuste das empresas distribuidoras do produto para calcular o valor que será repassado para a população paraibana.

Segundo o presidente do Siregás-PB, Marcos Bezerra, o percentual deve ser divulgado nesta terça. Mas alguns revendedores ouvidos pelo jornal CORREIO apostaram que o produto deve ficar entre R$ 5 e R$ 7 mais caro. Atualmente, a média de preço do gás de cozinha na Paraíba é de R$ 72. Com o reajuste, o novo valor deve variar em R$ 77 e R$ 79, podendo ser arredondado para R$ 80.

Segundo a Petrobras, a desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais foram os principais fatores para a alta do produto.

Os últimos reajustes aplicados foram em julho (+4,4%), abril (-5%) e janeiro (-4,4%).

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, o objetivo da metodologia é suavizar os impactos derivados da transferência da volatilidade externa para os preços domésticos. Em setembro, o produto sofreu outro reajuste de 4,4%, relativo ao dissídio das distribuidoras, que têm autonomia para repassar ao consumidor a despesa da negociação salarial da categoria.

Naquele mês, o valor do produto subiu, em média, de R$ 70 para R$ 75 na Paraíba. Com os constantes aumentos do produto, os pequenos revendedores estão vendo suas margens de lucro sendo reduzidas progressivamente. Romero Araujo, que é gerente de um depósito de gás de cozinha no bairro João Paulo II, em João Pessoa, contou que o estabelecimento optou por não aplicar o último reajuste de R$ 5. Com isso, eles ainda estão vendendo gás de cozinha por R$ 65.

“A população não cansa de dizer que esse valor está muito caro. Se a gente tivesse aumentado na época, teria ficado no prejuízo, porque ninguém iria comprar”, desabafou.

“Esses reajustes impactam principalmente nós, pequenos revendedores, porque a maioria das vezes a gente não consegue repassar o aumento para o consumidor. E é absorvendo esses reajustes que o nosso de lucro tem achatado cada vez mais”, acrescentou.

Alta acumulada

O gás de cozinha acumula alta de 2,8% em 2018. Em janeiro deste ano, a estatal passou a reajustar o produto trimestralmente.

* Ellyka Gomes, do Jornal CORREIO.

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