Moeda: Clima: Marés:
Início Economia

Presidente da CNI sugere ‘pacto’ pelo crescimento econômico do país

Ricardo Alban afirma que medida deve ser tomada o quanto antes para "neutralizar o nervosismo do mercado e estabilizar o câmbio"
Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (Gilberto Sousa/CNI)

O presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Ricardo Alban, propôs um pacto entre os Três Poderes, empresários e trabalhadores, para que o país tenha um crescimento econômico sustentável, e afirmou que a medida deve ser tomada logo no início do ano.

Em um artigo publicado nesta segunda-feira (6), Alban destaca os efeitos adversos da elevação dos juros e a volatilidade cambial, que afetam os investimentos produtivos e a competitividade da indústria nacional.

Ele também aponta que a aprovação das medidas de cortes de gastos propostas pelo Executivo e aprovadas no Congresso não eliminam a necessidade do ‘pacto’ e que as medidas de contenção de despesas, somadas a alta do dólar, podem sufocar o crescimento dos setores industrial e agrário, considerados por ele estratégicos para o crescimento da economia nacional.

“Embora seja provável que o agronegócio retome algum crescimento (após um período de resultados menos expressivos), a exigência de estabilidade cambial, de juros mais baixos e de disciplina orçamentária não pode ser negligenciada. Sem um direcionamento claro que una os setores público e privado, o país corre o risco de perder os ganhos recentes e mergulhar novamente em um cenário de instabilidade e baixo crescimento”, destaca Alban.

O presidente da CNI explica que o pacto consistiria em “criar um consenso em torno de metas fiscais e de políticas econômicas estruturantes, garantindo que, enquanto se busca o equilíbrio das contas públicas, haja também estímulos seletivos que assegurem a continuidade dos investimentos”.

“Caso seja efetivado já nos primeiros meses de 2025, esse movimento de convergência poderá neutralizar o nervosismo do mercado, estabilizar o câmbio em um patamar compatível com a competitividade externa e, sobretudo, evitar que a manutenção de juros elevados torne a dívida pública ainda mais onerosa”, disse.

Receba todas as notícias do Portal Correio no grupo do WhatsApp ou assine o canal do Portal Correio no WhatsApp

publicidade
© Copyright 2025. Portal Correio. Todos os direitos reservados.