A executiva estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) deve discutir a situação dos filiados que ainda compõem o Governo estadual, assim como a desfiliação de três deles na próxima reunião, no dia 29 deste mês. O presidente da executiva, Charliton Machado, afirmou que a decisão dos gestores em pedir desfiliação do PT foi coerente e que o partido não permitirá mais que os filiados mantenham a contradição de fazer parte de um governo, o qual o partido faz oposição e critica o modelo de gestão.
Charliton informou que ainda não pautou a questão na instância, mas que na próxima reunião o partido comunicará a desfiliação de Carlos Alberto Dantas Bezerra, Francisco Carlos da Silva Linhares e Maria Aparecida Oliveira de Miranda Henriques e discutirá a situação dos outros filiados que ainda fazem parte do governo de Ricardo Coutinho (PSB). Segundo informou, o PT lamenta a saída dos filiados, mas que entende a situação. “Estamos aguardando a justificativa dos outros companheiros que ainda estão no governo e as suas posições”, disse.
O presidente estadual ressaltou que, desde que assumiu a executiva, vem afirmando que não cabe mais o PT viver nessa contradição, fazendo parte de um governo o qual o partido faz oposição direta. Charliton disse que não é possível nenhum filiado permanecer no governo e que isso faz parte da orientação do PT para todo o País. “O PT sempre foi aberto as divergências de ideias, mas quando tiver um encaminhamento político, todos devem seguir. Nós fazemos a oposição à atual gestão e criticamos o modelo de governo. Dessa forma não é possível ter companheiros fazendo parte dessa gestão”, avaliou.
O dirigente nacional do PT, Rodrigo Soares, disse que não tem como discutir a saída dos filiados que optaram por continuar no governo de Ricardo Coutinho e que não cabe ao partido ficar interferindo, pois foi uma decisão pessoal dos dissidentes. “Pelo que vi na imprensa, me parece que eles escolheram ficar no governo. Se saiu do PT, não tem como discutir e não posso opinar sobre pessoas que nem filiados são mais”, disse.
O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, disse que a saída dos filiados deve ser avaliada pelo PT e que não faria essa avaliação. “O PT já deu a resolução obrigando a quem está no governo deve entregar os cargos e o partido vai, com certeza, fazer uma avaliação do que está circulando na imprensa sobre o assunto”, afirmou.
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