As cenas de selvageria e vandalismo protagonizadas pela torcida do São Paulo em Mogi das Cruzes durante o jogo contra o Rondonópolis, domingo (17), pela Copa São Paulo de Juniores, têm como ‘parceira’ a diretoria tricolor.
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A surpreendente afirmação pode ser feita após uma rápida leitura à entrevista de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, presidente do Clube, para o jornal Folha de S.Paulo.
Leco admitiu que faz diversas concessões aos torcedores organizados e que, portanto, é conivente com a presença de tais indivíduos nas arquibancadas.
“O que a gente dá é muito pequeno no contexto, porque eles podem fazer muito estrago. Você tem que dar dinheiro e eles vão para o jogo”, explicou.
Segundo Leco, o clube não banca as viagens dos organizados, mas paga, sim, pelos equipamentos necessários para o Carnaval.
“Você não dá viagem, ônibus. Dá o ingresso pra eles e eles vão. É uma prática. É claro [que eu ajudo]. Isso de dar verba para o Carnaval é histórico”, defendeu-se.
O presidente são-paulino usou até o modo como os atletas comemoram os gols para mostrar o quão refém o clube é dos arruaceiros que continuam impunes.
“O jogador faz o gol e faz o sinal da Independente. Não faz para ser agradável, mas para não tomar dura”, concluiu.