Os professores da rede municipal de ensino de Campina Grande decidiram nesta segunda-feira (13) que vão manter a greve. A categoria esteve reunida em assembleia na qual decidiu continuar aguardando o reajuste do piso em 14,95%.
A medida vai de encontro a uma decisão do desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), José Ricardo Porto, que determinou a suspensão do movimento, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. A ação acatada pelo desembargador foi movida pela Prefeitura de Campina Grande e tinha como justificativa o pagamento em dia dos salários da categoria.
Além de manter a paralisação por tempo indeterminado, os professores também anunciaram um ato público para esta terça-feira (14), às 8h, em frente à Secretaria de Educação de Campina Grande.
Na assembleia, a direção do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema (Sintab) apresentou à categoria os termos da última reunião com a Prefeitura de Campina Grande, representado pelo secretário de Educação Raymundo Asfora Neto e mediado pela Promotoria de Educação do Ministério Público.
Na ocasião, o Sintab solicitou a folha de efetivos, comissionados e prestadores de serviço; qual é o percentual utilizado pelo município dos recursos do Fundeb para a folha de pagamento dos professores prestadores de serviço; e o estabelecimento de um prazo para a gestão apresentar uma nova proposta.
Segundo o Sintab, o secretário de Educação se comprometeu em apresentar uma nova proposta ao prefeito e assim que obtiver a resposta do gestor, que se espera que não demore mais de 10 dias, informará diretamente à Promotoria de Educação.
O Sintab sugeriu também que se o Município apresentar proposta de valor integral e paritário que contemple os ativos e inativos, será levada à apreciação em assembleia, sem prejuízo do sindicato apresentar uma contraproposta.
A greve começou há uma semana e atinge 2,5 mil educadores e mais de 40 mil alunos em toda a rede municipal de Campina Grande.