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Programa oferece apoio a dependentes químicos e codependentes

O Corredor da Vida, programa voltado aos dependentes químicos e também codependentes (familiares dos dependentes) oferecido pela Cidade Viva, reinicia os trabalhos na noite desta segunda-feira (27) para o ano de 2020. O serviço de ajuda mútua é gratuito e acontece em salas do Centro de Convenções Cidade Viva, no bairro Aeroclube, Zona Leste de João Pessoa, todas as segundas-feiras, às 19h30.

Para os dependentes ou familiares que irão participar pela primeira vez do programa, a coordenação do serviço orienta que os parentes entrem em contato com a equipe do programa por meio dos telefones 3041-7471 ou 98705-6472. Outra opção para os interessados é chegar às segundas-feiras à noite, quando as reuniões acontecem, com antecedência de 30 minutos do início do programa, que começa, pontualmente, às 19h30.

Quem é o público alvo do Corredor da Vida?

O público alvo do Corredor da Vida são os usuários de substâncias psicoativas, familiares dos dependentes químicos, além de pessoas com dependência emocional. Podem participar adolescentes, acompanhados de familiares ou responsáveis, adultos e idosos. As salas para cada público são distintas, mas funcionam no mesmo horário e dia. A equipe do programa, que é formada por psicólogas, ex-dependentes, familiares de usuários e dependentes, esclarece que tanto o usuário como os codependentes podem ir sozinhos ou acompanhados dos familiares. Os participantes têm ainda um suporte em grupo específico de WhatsApp.

Método do programa

Uma das psicólogas do Corredor da Vida, Luciana Lira, detalhou o método do programa: “O Corredor da Vida proporciona um tratamento respeitoso e acolhedor baseado no tripé cuidados emocionais, físicos e espirituais para com os usuários de substâncias psicoativas e seus familiares, na medida em que trabalhamos com uma escuta ativa, partilha, os doze passos e aulas dinâmicas abordando temas pertinentes. Trabalhamos, além da dependência e uso abusivo de substâncias psicoativas, com a dependência emocional, que geralmente é uma das características apresentada pelos familiares e que acompanha a codependência”, pontuou.

A psicóloga explicou ainda que, pelo programa trabalhar tanto com os dependentes de substâncias psicoativas como também seus familiares (codependentes), a Cidade Viva entende que ambos precisam ser tratados. “As pessoas envolvidas nesse universo sofrem em demasia, tanto fisicamente e pelas implicações psíquicas, mas também pelo preconceito e discriminação. Geralmente, os dois últimos geram uma resistência em buscar ajuda, o que faz com que eles permaneçam na negação”, justificou Luciana Lira, uma das líderes e voluntárias do programa.

O que é Corredor da Vida?

O programa é um espaço de ajuda mútua onde pessoas são acolhidas, tendo as suas dores e sofrimentos respeitados. “O nosso trabalho é levá-las a perceber que elas não estão sozinhas e que há uma saída possível. Ficamos com eles no passo a passo, mesmo com as recaídas, que são relativamente comuns no processo, para motivá-los e incentivá-los a vencer um dia de cada vez. Entendemos que o fortalecimento dos vínculos e o resgate da autoestima estão incluídos nesse processo e consideramos fundamentais”, apontou  Luciana Lira.

O programa funciona atualmente com 15 voluntários, entre eles três psicólogas. As sessões da ajuda mútua presenciais acontecem todas as segundas-feiras, das 19h30 às 21h30. O ministério de Jiu-jitsu da Cidade Viva é parceiro do Corredor da Vida e acolhe os usuários de substâncias em tratamento gratuitamente, tendo essa prática esportiva como ajuda terapêutica. Para o ministério, a disposição e a clareza dos usuários precisam de ajuda do programa é o primeiro passo para o tratamento.

Serviço pioneiro

Pioneiro entre os ministérios da Cidade Viva em favor da dignificação da pessoa humana, o programa Corredor da Viva presta serviços gratuitos há 17 anos. O programa, que integra o Núcleo de Cuidados Comunitários da Cidade Viva, busca dar a sua contribuição na restauração de famílias atingidas pelos males das drogas ilícitas e lícitas, por meio de uma série de atividades. Usando o método de partilha com ajuda mútua, os participantes do programa são divididos em dois grupos: em uma sala participam os dependentes químicos/vícios, e em outro os codependentes (familiares). Nas reuniões, há partilhas de experiências e os profissionais utilizam da espiritualidade e da ciência de forma enlaçada a fim de alcançar maior sucesso nos resultados.

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