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Projeto de ‘cinturão hídrico’ para abastecer Campina Grande volta a ser discutido

Projeto prevê alcançar, caso concluído, reserva hídrica superior à capacidade de armazenamento do Açude Epitácio Pessoa
Multilagos
Projeto Multilagos (Foto: Divulgação/PMCG)

O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), autorizou o estudo preliminar do projeto Multilagos, que seria um cinturão hídrico em volta da malha urbana da cidade, com 16 reservatórios de pequeno e médio portes, como reserva estratégica no entorno da cidade, aproveitando a sua geografia, relevos, rios, riachos e chuvas.

O projeto foi idealizado na década de 50, pelo engenheiro e arquiteto Geraldino Pereira Duda, e lançado em 1993 na administração do prefeito Félix Araújo. O engenheiro Alberto Catão, então secretário de agricultura do município, coordenou, junto à ATECEL, o conjunto de projetos que compõem o “Multilagos”.

O projeto prevê alcançar, caso concluído, reserva hídrica superior à capacidade de armazenamento do Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que abastece a cidade atualmente. Segundo a prefeitura, o objetivo é possibilitar enfrentar períodos de estiagem e garantir a sustentabilidade econômica e social do município.

Na época, o então prefeito Félix Araújo já alertava para os sérios riscos de colapso no abastecimento de água da cidade e advertia da necessidade de cumprir o planejamento estratégico do Multilagos para assim evitar medidas restritivas de racionamentos futuros ou, até mesmo, interrupção completa do fornecimento de água.

Campina Grande já enfrentou graves crises hídricas com as secas no açude de Boqueirão. A pior e mais recente afetou a cidade até 2017, quando o reservatório ficou com menos de 3% da capacidade e só voltou a ganhar volume depois da Transposição do Rio São Francisco, inaugurada naquele ano.

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