O Governo da Paraíba selecionou as 10 melhores propostas inscritas no ‘Edital Coronavírus’, que era voltado para seleção de soluções para o enfrentamento da pandemia causada pelo novo coronavírus. Cada proposta tem um custo de até R$ 200 mil.
Iniciado no início do mês passado, a rapidez usada para a execução do edital até a seleção final das propostas acompanhou a velocidade que exige da sociedade e dos governos: respostas rápidas para conter e combater o avanço do contágio e proporcionar diagnóstico, condições de tratamento e até soluções em vacinas.
Finalizado ainda em abril, o “Edital Coronavírus” contribui para a rápida implementação de soluções de monitoramento, análise e recomendações frente à pandemia do Covid-19, na Paraíba. O Governo do Estado está investindo nesta chamada R$ 1 milhão – recursos já garantidos pelo governador, que serão liberados tão logo sejam assinados os Termos de Concessão Financeira com os pesquisadores e trâmites de abertura de contas, o que deve acontecer nos próximos dias.
Coordenador: Edmar Candeia Gurjão
É um aplicativo que fará um registro dos dados de localização e a quantidade de conviventes que dividem a mesma residência das pessoas que são atendidas em UPAs e Hospitais com sintomas ou confirmado de Covid-19. O registro vai apontar regiões geográficas com tendência de surtos de infecção, ou de onde já está ocorrendo o surto. As informações irão guiar autoridades governamentais em ações, alocação de recursos e planejamento.
Quatro pessoas estão envolvidas: Docentes da UFCG, do IFPB e uma médica infectologista da Hospital Universitário Alcides Carneiro. E alunos de graduação e pós-graduação da UFCG, IFPB e HU-UFCG.
Coordenador: Cláudio de Souza Baptista
Proposta de um software (via Web) para realizar análises espaciais, temporais e preditivas acerca da Covid-19 na Paraíba. Utiliza técnicas de business intelligence com analytics e geoprocessamento, que permitirão a integração de dados de saúde, socioeconômicos e ambientais – será possível visualizar o impacto da ocupação humana no meio ambiente. Criará um sistema de apoio à decisão para o Governo da Paraíba.
O projeto integrará times de pesquisadores de diferentes regiões do estado (agreste e sertão), formando um time de especialistas. O projeto será executado em conjunto por dois grupos de pesquisa: UFCG/ Laboratório de Sistemas de Informação (LSI) e IFPB-Cajazeiras. Ao todo, sete integrantes.
Coordenador: Sherlan Guimarães Lemos
O objetivo é desenvolver um teste rápido para diagnóstico do Covid-19. Serão avaliadas duas maneiras diferentes de desenvolver o teste, ambas baseadas em sensores eletroquímicos. Em ambas, a expectativa é que o resultado possa ser obtido em, no máximo até 30 minutos, por um analista com pouquíssimo treinamento.
A equipe é composta de 10 profissionais da área de Química e Saúde: químicos, odontólogos e médicos, com experiência em desenvolvimento de métodos de análise, imunologia e infectologia.
Coordenadora: Maria Angelica Ramos da Silva
Obter uma técnica que poderá ser empregada para a testagem mais rápida da população e ser utilizada ainda no começo da infecção. Desenvolverá um teste rápido para Covid-19 que permitirá diminuir os custos do SUS, dar mais agilidade ao sistema de detecção e aumentar a quantidade de locais onde possa haver a testagem molecular (a depender da necessidade do sistema). Ela poderá auxiliar, no futuro, na vigilância epidemiológica. Os testes rápidos atualmente empregados detectam apenas anticorpos e só devem ser utilizados mais tardiamente; até lá, se a pessoa está positiva, sem saber, pode ter infectado outras. Nove pessoas estão envolvidas neste projeto.
Coordenadora: Joelma Rodrigues de Souza
Simplificadamente, o objetivo é mapear o vírus para encontrar respostas imunes, o que ajudará na formulação de uma vacina. De forma técnica, a pesquisa irá mapear por métodos computacionais os epítopos de células T e B para as proteínas estruturais e não estruturais do SARS-CoV-2, através de técnicas de imunoinformática. Estudos deverão gerar conhecimentos inéditos sobre o desenvolvimento de uma vacina e no desenvolvimento de kits de diagnóstico de baixo custo e alta eficiência. O desafio é identificar quais são as sequências das proteínas virais que conseguem induzir uma resposta imunológica protetora.
São 8 pesquisadores e 3 estudantes. O Projeto será desenvolvido no Núcleo de Imunoinformática (GEPIH e GpeMBiS da UFPB), no LABIM e no LACEC/ CCS/UFPB); no Laboratório de Virologia e Terapia Experimental (IAM/FIOCRUZ-PE). E pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Teranóstica e Nanotecnologia (INCT – TeraNano).
Coordenador: Eduardo Sérgio Soares Sousa
A proposta tem o objetivo de avaliar desempenho e custo efetividade de quatro metodologias alternativas baseadas na amplificação de ácidos nucleicos para diagnóstico laboratorial da Covid-19 e influenza A e B, bem como analisar a evolução e caracterização do SARS-CoV-2 na Paraíba por meio de sequenciamento de genomas virais. Disponibilizará informações para abordagens alternativas de diagnóstico, validades frente a falta de suprimentos, elaboração de mapas temáticos com cruzamento de dados de georreferenciamento e dados filogenéticos e dados para avaliação das medidas de controle e da vigilância epidemiológica.
São 10 pesquisadores da UFPB e do Hospital de Trauma (Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes) envolvidas.
Coordenadora: Altamira Pereira da Silva Reichert
Prestar a assistência materno infantil remota frente a pandemia de Covid-19, com consultas coletivas para a prevenção da Covid-19, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de bebês que nasceram prematuros e assistência à mulher no contexto obstétrico. Também, será elaborada uma cartilha educativa digital para prevenção da Covid-19 e autoconhecimento obstétrico das mães de bebês prematuros, frente à pandemia. Irá atender grupo de vulnerabilidade, tanto no contexto de saúde, como social.
Participam 12 pessoas, docentes da UFPB, UFCG, alunos de graduação, mestrado e doutorado, além de colaboradores técnicos.
Coordenadora: Tatiana Keesen Sousa Lima
O projeto visa avaliar células dos sistema imune e entender por quais mecanismos os pacientes com a Covid-19 podem ter formas mais graves ou leves dessa doença. Pretende-se validar possíveis marcadores de prognóstico dessa doença, que no futuro poderão auxiliar na busca de melhores tratamentos ou até mesmo no direcionamento de uma terapia imune (imunoterapia).
A equipe tem a colaboração de professores da UFRN, do CCS-UFPB), de pós doutorandas. Além disso, equipe de pós-graduandos doutorandos e mestrandos dos programas de pós graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas, Renorbio-PB e Biotecnologia_Mestrado. Para experimentos mais refinados, o colaborador internacional do Imperial College of London (Inglaterra), Dr. Daniel M. Altmann.
Coordenador: Mario César Ugulino de Araújo
A diferença desse respirador é a elaboração de um software robusto para monitoramento e controle; emprego de sensores; ventilador equipado com monitor touch screen; sensores para monitorar a temperatura do paciente, saturação sanguínea de oxigênio, frequência respiratória e eletrocardiograma-DA. E ainda um módulo para pressão arterial.
Esse equipamento tem em um só aparelho o ventilador pulmonar com monitor e um monitor biométrico para monitoramento de temperatura, oximetria, pressão arterial, frequência cardíaca e eletrocardiograma são feitas pelo monitor biométrico. Um app que recebe parâmetros do paciente mas não controla o equipamento. Já foram realizados testes e emitidos relatórios de validação de sensores e o tempo de resposta do display touch com o notebook. Os resultados foram satisfatórios.
Até o momento, o desenvolvimento do projeto foi feito com recursos próprios e depende de apoio como este edital para avançar.
Coordenador: Eduardo Jorge Valadares Oliveira
O projeto consiste no desenvolvimento de um ventilador pulmonar mecânico adequado ao tratamento de pacientes acometidos pelo novo coronavírus 2. O equipamento será desenvolvido avaliando-se os parâmetros médicos definidos pela OMS, NHS, CDC e Ministério da Saúde do Brasil; a disponibilidade de partes, peças e componentes no mercado, e as regulamentações sanitárias e normativas, dadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
O equipamento envolve uma interface do usuário que possibilita a manipulação de diferentes variáveis utilizadas no tratamento por parte do profissional na UTI. Está em fase da execução de análise de risco para envio para a Anvisa.
Inicialmente, são 5 pesquisadores envolvidos no projeto e outros 2 serão em atividades específicas durante as etapas de desenvolvimento.