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Psicóloga explica transtornos de ansiedade e o hábito de lavar as mãos

Quantas vezes você tem lavado as mãos todos os dias devido à Covid-19? Dezenas, certamente, e em uma quantidade bem maior do que era costume. Por causa disso, algumas pessoas começam a se questionar: será que essa frequência é normal, ou estou adquirindo um Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)? A psicóloga Mônica Costa, da Ecos (Espaço, Cidadania e Oportunidades Sociais), explica o que é esse distúrbio e esclarece se há o risco de adquiri-lo ao higienizar as mãos mais vezes.

“O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos e medos irracionais (obsessões) que levam a comportamentos compulsivos. O fato de a pandemia estar nos obrigando a lavar as mãos o tempo inteiro e de forma preventiva, faz com que algumas pessoas pensem que isso vai provocar um Transtorno Obsessivo Compulsivo. Na realidade, o portador do transtorno está nesse momento com um nível de ansiedade ainda maior, porque ele está o tempo inteiro repetindo o que ele já fazia antes. E isso só aumenta a ansiedade”, explica.

“Agora, se você não é portador do distúrbio, você não vai se tornar um obsessivo compulsivo por causa do hábito de lavar as mãos mais vezes, a menos que você já tenha na base emocional essa propensão”, complementa a especialista. Para quem não tem o diagnóstico de TOC e está receoso de adquirir um transtorno de ansiedade, Mônica Costa afirma que há como prevenir.

“A melhor forma de prevenir algum transtorno é você, conscientemente, refletir sobre o que aquele comportamento está querendo lhe dizer. Se você sente o desejo de lavar as mãos, entendendo que aquilo vai livrá-lo de uma ansiedade, você lava as mãos, lava as mãos, lava as mãos, e cada vez vai ficando mais ansioso. Aí já é o início de um transtorno”, diz. A especialista complementa que, quando a pessoa sabe de forma consciente que lavar as mãos é uma medida preventiva em relação à Covid-19, isso não provoca nenhum mal e, portanto, não vai gerar um distúrbio de ansiedade.

A psicóloga da Ecos também reforça que, nesse momento — com divulgação a toda hora de estatísticas sobre a pandemia, além da obrigatoriedade do isolamento social para que não ocorra uma maior disseminação do coronavírus —, é necessário que os indivíduos deem maior atenção às suas emoções. “É importante nós cuidarmos mesmo das nossas emoções, dos nossos sentimentos e dos nossos pensamentos, nesse momento, colocando pensamentos mais significativos, otimistas e positivos no cotidiano. Pense nisso”, finaliza a psicóloga Mônica Costa, que é gerente de Recursos Humanos da Ecos.

Prevenção

Além de lavar com frequência as mãos com água e sabão até a altura dos punhos (ou higienizá-las com álcool em gel), o Ministério da Saúde recomenda outras medidas para as pessoas se protegerem contra o coronavírus. Confira algumas:  ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos; evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; mantenha uma distância mínima de cerca de 2 metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando; higienize com frequência o celular e os brinquedos das crianças; não compartilhe objetos de uso pessoal; mantenha os ambientes limpos e bem ventilados; evite circulação desnecessária nas ruas; utilize máscaras caseiras ou artesanais feitas de tecido em situações de saída de sua residência; se puder, fique em casa.

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