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Quais dispositivos de proteção usar na instalação elétrica?

Falhas indicam uma possível necessidade de revisão do sistema elétrico

As instalações elétricas prediais, se bem dimensionadas e com materiais de qualidade, têm um prazo de validade indeterminado. Mas como qualquer aparelho que com o tempo pode apresentar falhas, os sistemas elétricos também podem. E há alguns sinais dos equipamentos de proteção elétrica que nos indicam isso, como o disjuntor, o Diferencial Residual (DR) e o Dispositivo de proteção contra surtos (DPS).

Esses dispositivos, por exemplo, atuam pelo surgimento de novos equipamentos (como uma cafeteira elétrica) que não foram previstos para um determinado da instalação. “Eles começarão a sinalizar que aqueles equipamentos não podem ser usados ali. É o famoso ‘disparar’: disparou o DR, o disjuntor. Quando isso acontece, o que é que a instalação está nos dizendo? Que aconteceu alguma falha nela, precisa ser revista e entender o que foi que aconteceu”, pondera o Prof. Dr. Wil Lavor Lucena Camboim, de Engenharia Civil do Unipê.

Entre as razões para eles atuarem, estão aparelhos com uma potência superior, falha na isolação ou um possível curto-circuito ocorrido devido ao tempo. A dica é estar atento aos sinais que os dispositivos dão. “Outros sinais são aquecimento e mau funcionamento dos equipamentos. Eles de alguma forma diagnosticam para a gente a situação e o momento de fazer uma revisão nas instalações elétricas”, diz.

Disjuntor, DR e DPS

Responsáveis pelo desligamento automático da rede para protegê-la em instalações prediais, eles diminuem os riscos e aumentam a segurança elétrica para o usuário. Wil informa que uma boa instalação elétrica deve ter pelo menos um e até todos esses dispositivos para que ela funcione bem e mantenha as pessoas em segurança.

O DR e o disjuntor termomagnético monitoram a corrente elétrica. O DR monitora a corrente nominal do circuito: se ultrapassar significa que houve um problema e ele o desligará. “É um equipamento bastante sensível importante, que atua muito na proteção dos equipamentos, porque além de detectar a corrente nominal dos circuitos, ele detecta a corrente de fuga”, explica.

A corrente de fuga detectada pelo DR e que faz esse dispositivo disparar é, na verdade, o choque que levamos nos aparelhos: porta da geladeira, saída e lateral do computador, entre outros, são exemplos. “Já o DPS é um equipamento que monitora a tensão na rede. Se houver uma sobretensão na rede ele também vai pegar essa tensão e enviar para o sistema de aterramento”, exemplifica Wil.

O especialista contrapõe que caso o seu dispositivo de proteção atue, não necessariamente significa que a sua instalação é ruim. “Talvez ele esteja atuando porque a sua instalação é boa, os equipamentos de proteção estão atuando. Precisa-se investigar por que que ele está atuando. Evidentemente pode ser por uma má instalação, mas pode ser por um equipamento superior, com uma capacidade superior à sua rede, ou um curto circuito causado por terceiros”, conclui.

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