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Quem é Rodrigo Lima, influenciador digital preso na Operação Lesa Pátria na Paraíba

Nas redes sociais, investigado se apresenta como gestor público, cientista político, profissional de marketing político, professor, palestrante e escritor
Rodrigo Lima (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

O influenciador digital Rodrigo Lima de Araújo e Silva, de 41 anos, foi preso, na manhã desta quinta-feira (17), durante a Operação Lesa Pátria, que investiga os ataques golpistas aos Três Poderes da República, ocorrido em 8 de janeiro.

Nas redes sociais, o investigado se apresenta como gestor público, cientista político, profissional de marketing político, professor, palestrante e escritor. Ele já atuou nas equipes de comunicação institucional da Prefeitura de Bayeux, na Grande João Pessoa, e no Botafogo-PB. O influenciador digital também foi candidato a vereador de João Pessoa em 2016.

Rodrigo Lima tem mais de 130 mil seguidores no Instagram e usa a plataforma para promover o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em uma publicação, feita em 12 de julho, o influenciador entrega cestas básicas para pessoas que foram presas no Distrito Federal em 8 de janeiro e voltaram à Paraíba com tornozeleira eletrônica.

Rodrigo Lima, Operação Lesa Pátria,
Rodrigo Lima e o ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)

O influenciador é suspeito de incitar os atos terroristas na capital federal. Ele teria sido uma das primeiras pessoas a postar nas redes sociais o termo ‘Festa da Selma’, codinome que se refere aos ataques às instituições e à democracia brasileira.

Um vídeo publicado por Rodrigo Lima consta no relatório Democracia Digital, elaborado em parceria entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio do InternetLab e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O documento mapeou 1.500 grupos e canais abertos do Telegram. Rodrigo seria gerenciador de um grupo e de listas de transmissão de mensagens no aplicativo.

O Portal Correio não conseguiu contato com a defesa de Rodrigo Lima.

Rodrigo Lima, Operação Lesa Pátria,
Foto: Reprodução

Operação Lesa Pátria

Esta foi a 14ª fase da Operação Lesa Pátria. Na Paraíba, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além do mandado de prisão preventiva contra Rodrigo Lima.

Outras ordens judiciais foram cumpridas nos estados da Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

“Os alvos desta fase são suspeitos de terem fomentado o movimento violento chamado de “Festa da Selma”, que era, em verdade, codinome previamente utilizado para se referir às invasões. O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, divulgou a Polícia Federal.

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