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Quem não deve…

Por que a presidente afastada Dilma Rousseff vai perder a oportunidade de defender os atos de seu governo na Comissão de Impeachment, descartando a chance de provar sua inocência das acusações de crimes de responsabilidade?

Por que perder a oportunidade de olhar nos olhos dos seus acusadores, dos que estão como julgadores e explicar seus atos para todos os brasileiros, quando isso vale pelo menos mais dois anos e meio de mandato no mais alto cargo do País?

Seria a maior audiência da televisão brasileira deste 2016, com certeza, mas não vai acontecer. Dilma Rousseff já antecipou, via Twitter, que não comparecerá para esclarecer os fatos.

Ela anunciou que sua defesa será feita por escrito e lida pelo seu advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardoso. Deixou em aberto a possibilidade de falar ao plenário do Senado “em outro momento”, antes da votação final do impeachment.

Apresentada ao Brasil como “coração valente”, Dilma não vai à comissão porque teria que enfrentar os questionamentos dos senadores sobre os crimes dos quais é acusada. Levando-se em conta as gafes que cometeu sem que estivesse sob pressão, justifica-se a decisão.

Quem saudou a mandioca, considerando-a como “uma das maiores conquistas do Brasil”; disse não acreditar “que tenha alguém acima da corrupção”, declarou que “uma ponte junta energia” e propôs “deixar a meta aberta, mas quando atingirmos a meta, vamos dobrar a meta”, pode correr riscos enfrentando senadores dispostos a pegá-la em contradição.

Dos 21 integrantes da comissão, apenas cinco estão com Dilma. As intervenções de Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias (PT), Vanessa Grazziotin (PCdoB), Telmário Mota (PDT) e Katia Abreu (PMDB) seriam de apoio à presidente, mas outros 16 senadores iriam exigir respostas claras para as acusações. Preferiu não ir.

A presença na comissão teria valor para a imagem de Dilma, pois como ensina a sabedoria popular, quem não deve, não teme. Se for ao plenário do Senado, não será questionada por senadores. A regra não permite. Será mais um discurso. Terá perdido a chance de confrontar os acusadores e de convencer o Brasil de que está sendo injustiçada.

TORPEDO

Isso não significa desprestígio de ninguém. Eu tenho o maior respeito pela maioria do PMDB, respeito o senador José Maranhão e não existe nada disso.

De Ricardo Coutinho, explicando que rebaixamento de Laplace Guedes, indicação do PMDB, na sua equipe, foi decisão administrativa.

Senador?

Ricardo Coutinho deu primeira indicação pública de que não cumprirá o atual mandato até o fim. Pediu conclusão de obra para antes do prazo de desincompatibilização dos que serão candidatos em 2018 – 6 de abril.

Alô Campina!

A declaração de Ricardo fortalece a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), sua sucessora. Pode começar a fazer contagem regressiva para a posse. Será uma campinense de nascimento no Palácio da Redenção.

Chapa fechada

Psol e PSTU, que animaram os debates dos candidatos ao governo em 2014, vão juntar forças na disputa pela Prefeitura da Capital. O primeiro indica o prefeito – Victor Hugo – e o segundo, a vice – Rama Dantas.

Alvo

Para Fabiano Galdino, Charliton Machado deve ser alvo do Psol. “Afinal de contas, o PT foi responsável pelo governo de Cartaxo até um dia desses e se não fosse a saída dele, o PT estaria de olhos fechados à gestão”.

ZIGUE-ZAGUE

O interino Waldir Maranhão revela que assinou criação de Comissão de Impeachment contra Michel Temer, mas que os líderes partidários não indicaram nomes.

O deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) vai ler, hoje, na CCJ, parecer sobre os recursos de Eduardo Cunha contra decisão do Conselho de Ética, pela sua cassação.

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