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‘Quem Prospera Sempre Alcança’ chega a JP com entrada franca

A determinação dos brasileiros em encontrar novas opções de trabalho por conta própria, pequenas noções de educação financeira, como a importância do planejamento e da organização para a realização dos nossos sonhos, são temas do espetáculo musical de rua Quem Prospera Sempre Alcança, que chega a João Pessoa dentro da sua turnê nacional.

O novo trabalho do autor e diretor Leonardo Cortez será apresentado nos dias 22, na UFPB – Campus I – Lot. Cidade Universitária – Praça do CCSA, às 10h e 19h; dia 23, no Parque da Lagoa, às 16h; e dia 24 de agosto, na Praça Vidal de Negreiros (Ponto dos Cem Réis), às 10h. Jonatan Harold assina a direção musical e as composições originais. Já os figurinos e cenário são de Márcio Araújo.

O espetáculo

O espetáculo começa com a entrada de dois técnicos de uma companhia teatral encarregados de montar o palco para a apresentação que será feita no local. Eles fazem às vezes de operários e mestres de cerimônia e evocam situações sobre empreendedorismo a partir de três outras histórias.

Na primeira delas, duas fãs de uma dupla sertaneja decidem, na fila para entrar no show, como vão gastar o dinheiro que juntaram com muito sacrifício. Na segunda, dois vendedores ambulantes resolvem fazer uma atrapalhada sociedade e na terceira, um falido dono de boteco recebe a visita de uma inusitada fada-madrinha.

“Falar sobre empreendedorismo no Brasil atual é falar sobre o caminho pelo qual cada vez mais brasileiros estão optando por seguir em função da crise econômica. Ao mesmo tempo, ter acesso aos mecanismos de desenvolvimento de novos negócios é a possibilidade real de concretização dos sonhos profissionais. Quem Prospera Sempre Alcança é um espetáculo que inclui dicas de educação financeira, principalmente ligadas ao empreendedorismo, sem a pretensão de ser didático, que apresenta, com muito humor, situações e ciladas que qualquer um pode se meter por conta da inexperiência nos negócios e na vida pessoal”, conta o autor e diretor Leonardo Cortez.

A encenação busca as raízes do teatro popular, do circo-teatro e da comédia de costumes. “Artisticamente, pesquisei sobre a linguagem teatral do espetáculo de rua, me debruçando sobre a obra de Dario Fo e os trabalhos da Cia. La Mínima”, acrescenta.

O humor é elemento de aproximação direta com o público, conquistado através de um texto ágil, contemporâneo e de comunicação franca. Novos personagens são evocados pelos dois principais a partir do uso de máscaras e acessórios. A participação dos espectadores é solicitada em brincadeiras interativas que se desdobram enquanto o público é testemunha da construção de uma peça enquanto assiste a outra.

Essa metalinguagem é uma forma de reflexão tanto para o espectador comum sobre o fazer teatral como para o próprio artista, que precisa empreender em seu ofício. “O artista via de regra é empreendedor de sua própria obra e precisa entender dos mecanismos de produção cultural para levar sua pesquisa ao público. O estabelecimento de parcerias, tão comum no mundo dos negócios, se faz absolutamente necessário em tempos de crise econômica e cultural”, explica o diretor.

Os figurinos, cenários e adereços são inspirados nas companhias teatrais itinerantes. “Elas fazem até hoje o popular teatro mambembe +de imediata identificação popular e que tem nas restrições orçamentárias o seu mote de beleza e originalidade. Temos assim, a sobreposição de tecidos e o reaproveitamento de materiais, numa estética que remete ao circense. A música, originalmente composta para o espetáculo, dialoga com gêneros populares como o sertanejo e o samba de raiz, em números interativos. A ideia é que o público saia do espetáculo cantando e pensando nos próximos passos para a realização dos seus sonhos”, revela.

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