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Rap e cordel mudam realidade de internos do CSE

A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente ‘Alice Almeida’ (Fundac), por meio da Escola Integral Cidadã Socioeducativa, está estimulando habilidades de leitura, escrita, reescrita e releituras com jovens e adolescentes privados de liberdade no Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), na Capital. A proposta é trabalhar junto aos projetos de leitura visando auxiliar a ampliação do repertório argumentativo dos alunos.

O Portal Correio entrevistou a professora do programa, o coordenador da Fundac e internos do CSE para saber mais sobre o projeto, intitulado ‘Varal Literário’. Assista ao vídeo mais acima.

A professora de Língua Portuguesa da Escola Integral Cidadã Socioeducativa, Inglith Conceição Gomes de Souza, faz com os alunos uma apreciação de cordéis em folhetos e em livros que foram doados a biblioteca do CSE. Ela explicou que apresenta dialetos e palavras com variantes linguísticas com o objetivo de aperfeiçoar o repertório dos ‘raps’ que já são cantados pelos alunos.

“A ideia é fazer uma ponte do repente ao rap para mostrar a rima em si e depois chegar ao cordel propriamente dito”, explicou a professora, ressaltando que alguns alunos já estão apaixonados pelos cordéis.

Ela também explicou que esse projeto nasceu de uma vontade de proporcionar aos alunos inclusão da literatura de cordel na socioeducação para estabelecer também uma qualidade de leitura e valorização da cultura popular em prol das nossas raízes.

A iniciativa também pretende estimular um olhar crítico e simultaneamente poético sobre a realidade atual por meio dos folhetos.

Na entrevista, o coordenador de eixos esporte, cultura e lazer da Fundac, Nilton Santos, disse que o projeto já trouxe um grande avanço no Centro Socioeducativo Edson Mota.

“Com a implantação da Escola, a gente já consegue perceber, em pouco tempo, um grande avanço de mentalidade e da postura de querer buscar. A gente vê os internos assumindo a postura de buscar mesmo o conhecimento em livros”.

A professora de Língua Portuguesa também afirmou que é visível, nos internos, as mudanças com esse projeto. “A mudança deles é visível. É visível a mudança no modo de falar, na busca da leitura… Eles estão sendo modificados”.

Um dos internos entrevistados afirmou que as aulas o ajudam a querer ir atrás dos seus sonhos. “O Cordel é cultura, é tipo uma rima. Eu fiz um cordel misturado com rap, e estou me esforçando para quando sair daqui não desistir e correr atrás dos meus sonhos”.

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