A inflação oficial do país desacelerou e ficou em 0,16% em março, mas não deu alívio ao bolso do consumidor. Apesar da perda de ritmo, os grandes vilões dos preços no mês passado foram as frutas, legumes, os reajustes nas mensalidades escolares e os serviços de streaming. Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (10). As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
O resultado do mês passado foi influenciado pelo aumento nos preços dos alimentos e bebidas, que tiveram alta de 0,53%. Em destaque, estão os tubérculos, raízes e legumes, que subiram 16,51%. No grupo, a cenoura (45,08%) e a batata inglesa (17,74) registraram as maiores altas do grupo.
As frutas também contribuíram para este cenário, com destaque para o aumento dos preços da manga (47,40%), laranja-lima (32,58%), laranja-lima (21,16%) e banana prata (26,61%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta em março. Depois de alimentação e bebidas, o maior impacto veio do grupo saúde e cuidados pessoais (0,43%). O resultado foi influenciado pelas altas do plano de saúde (0,77%) e dos produtos farmacêuticos (0,52%). Destes, destacam-se o anti-infeccioso e antibiótico (1,27%) e o analgésico e antitérmico (0,55%).
O resultado deste mês foi influenciado pelo aumento de preços ligados à educação (5,47%). Os preços das mensalidades dos ensinos médio e fundamental tiveram alta de 8,51% e 8,24% no mês passado, respectivamente. Os reajustes dos preços da pré-escola e da creche chegaram a 8,05% e 6,03% em março, respectivamente.
Curso técnico (6,14%), ensino superior (3,81%) e pós-graduação (2,76%) também registraram aumento no mês passado.
Os serviços de streaming também tiveram uma alta nos preços repassados aos assinantes que querem ter acesso aos benefícios oferecidos pelas plataformas. Em março, a inflação do setor chegou a 9,29%.
No ano, o IPCA acumula alta de 1,42% e, nos últimos 12 meses, de 3,93%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. O teto da meta estabelecida pelo governo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Em março de 2023, a variação havia sido de 0,71%.
Quanto aos índices regionais, todas as regiões, com exceção de Porto Alegre (-0,13%), tiveram alta em março. A maior variação foi registrada em São Luís (0,81%). Moradores de Belém, Aracaju, Goiânia, Recife, Fortaleza, Brasília, Rio Branco, Rio de Janeiro e Salvador também sentiram impacto mais forte dos preços em março, já que tiveram reajustes iguais ou acima da média brasileira.
Já o menor resultado – depois de Porto Alegre – foi registrado em Curitiba (0,03%).