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Reitor pode renovar contrato de substitutos que voltarem à UEPB mesmo na greve

O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Rangel Júnior, admitiu, ao Portal Correio, a possibilidade renovar contratos de professores substitutos até o fim do período letivo, caso eles retornem às atividades, mesmo se isso acontecer enquanto a greve permanecer em curso.  O presidente da associação dos docentes (Aduepb), Nelson Júnior, estranhou o posicionamento do reitor e a classificou como “contraditória”. A greve dos professores da instituição já dura dois meses. Comente no fim da matéria.

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Rangel Júnior contou que tomou conhecimento de que um “grupo grande” de professores substitutos teriam se reunido e chegado à decisão de voltar às atividades. A categoria teve contrato vencido em maio, quando recebeu a última remuneração.

Segundo o reitor, caso haja confirmação por parte de departamentos que professores voltaram às salas de aula, estes terão os contratos renovados. A renovação será por aproximadamente 30 dias, tempo que falta para o término do semestre letivo.

Passado este período, deverá ser lançado edital para nova seleção de professores. De acordo com Rangel Júnior, não há impedimento para que estes mesmos professores concorram às vagas, mas também não existe garantia de que eles sejam novamente selecionados para as funções.

Procurada pela reportagem, a associação dos docentes da UEPB classificou a proposta de Rangel Júnior como “contraditória”, cuja intenção seria apenas enfraquecer o movimento grevista. Nelson Júnior também negou que a movimentação em questão atinja um “grupo grande” de professores substitutos. Segundo ele, apenas cerca de 15 profissionais têm intenção de voltar ao trabalho.

“Estranhamos esse posicionamento do reitor porque já havíamos pedido que os contratos fossem renovados e ele alegou que não poderia porque a universidade está em greve. A greve não vai acabar com o retorno desses 15 professores que manifestação essa intenção. Então, por que o discurso mudou agora?”, questionou Nelson Júnior.

O presidente da Aduepb ainda falou que, mesmo que alguns professores voltem às salas, a entidade vai se empenhar para garantir que não haja aulas. “Se for necessário, vamos armar piquetes em frente às salas para impedir a entrada de pessoas. Não vamos deixar os alunos se iludirem. Muitos viajaram ou estão fazendo cursos curtos em outras cidades e não podemos deixar que eles voltem achando que vai estar tudo normal. Não seria justo. E se o reitor renovar o contrato do pequeno grupo de professores, vamos exigir que ele renove de todos, pois isso demonstrará a fragilidade do discurso apresentado por ele anteriormente”, completou Nelson Júnior. Atualmente, existem 433 professores substitutos na UEPB.

Negociações avançam

Apesar desse conflito, Nelson Júnior admite que as negociações com Estado e reitoria têm avançado e calcula que o fim da greve pode ser acertado no mês que vem. “Nos últimos 15 dias, eles têm manifestado interesse no diálogo visando propostas de soluções em parte imediatas e em parte a curto ou médio prazo. Se continuar assim, acredito que caminhamos sim para uma resolução da greve em julho”, informou.

Os professores da UEPB pedem reposição de salários em 23,61%, discussão do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, garantia de que não haverá fechamento de campus e redução em vagas ofertadas, realização de concurso público para a categoria, criação de uma residência universitária em Campina Grande, continuação das obras no campus de Monteiro e cessão definitiva do Colégio José Lins do Rêgo como sede da UEPB em João Pessoa.

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