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Roberto Cavalcanti é novo imortal da Academia Paraibana de Letras

O empresário e diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Roberto Cavalcanti venceu a disputa por uma cadeira na Academia Paraibana de Letras (APL) e é o mais novo imortal. Ele teve 28 votos, contra 5 de Germano Romero e 2 de Ney Suassuna.

Roberto Cavalcanti entendeu a vitória como uma grande responsabilidade. “Esta é uma eleição que cabe a Academia eleger seu novo membro. A nós como candidatos cabe apenas se apresentar. Me apresentei condignamente, com muito esforço, trabalho de muitas mãos, contei com a colaboração de muitas equipes de muitos amigos. Foi um resultado expressivo, isso me envaidece, mas também me dá uma tremenda responsabilidade de representar a Academia e aqui colaborar para que ela cresça e se agigante”, disse.

Ao dar o parecer para a inscrição de Roberto Cavalcanti, o acadêmico Itapuan Bôtto Targino ressaltou seu espírito criativo, inovador e empreendedor. “O signatário escreveu 925 crônicas e artigos publicados no jornal Correio da Paraíba, entre os anos de 2009 e 2019, apresentados a esta Academia, em 11 volumes cronologicamente encadernados, no ato de sua inscrição. É autor dos livros Meu tempo sobre o tapete azul, Brasília: Gráfica do Senado, 2010; e Como penso, João Pessoa: Forma editorial, 2019.”

Ele concluiu confirmando que “na linha do tempo de sua vida verifica-se, enquanto estudante, profissional liberal, industrial, empresário e o político, que exerceu essas funções sem deixar de vinculá-las ao mundo cultural”.

Histórico do empresário

Roberto Cavalcanti Ribeiro é graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e de outros cursos. Empresário, atua nos ramos do comércio e da indústria, destacando-se como Homem de Comunicação. De espírito criativo, inovador e empreendedor, institui o Sistema Correio de Comunicação, onde comanda grupo de comunicação integrado por emissoras de rádio e televisão, jornais e periódicos, e canais de mídia digital.

É fundador da Fundação Solidariedade, braço social do Sistema Correio de Comunicação, que tem compromisso com os dezessete objetivos da ONU para transformar o mundo, conscientizando pessoas diante da necessidade de preservação do meio ambiente, igualdade de gênero, consumo responsável, saúde e bem-estar da população.

Liderança Classista

Integrante dos quadros do Centro das Indústrias do Estado da Paraíba – CIEP, Roberto Cavalcanti exerceu os cargos de presidente e vice-presidente da entidade de 1979 a 2004, respectivamente. Compõe a diretoria da Federação das Indústrias da Paraíba na condição de vice-presidente e representante junto à Confederação Nacional da Indústria- CNI, de 1992 até os dias atuais. É diretor da Confederação Nacional da Indústria – CNI, em Brasília – DF, eleito em 2010 e reeleito sucessivamente em 2014 e 2018, para mandatos de quatro anos.

Atividade Política

Suplente de Senador de 1995 a 2003, de 2003 a 2006, e 2006 a 2009, exerceu a titularidade do cargo nos períodos de 01/08/2006 a 30/11/2006 e de 19/02/2009 a 31/01/2011. Durante os mandatos apresentou importantes projetos de cunho social, dentre eles, o Projeto Legislativo PL 136/2009, que regulamenta a profissão de artesão, sancionado, sem vetos, em 23/10/2015, através da Lei nº 13.180/2015, beneficiando milhões de artesões brasileiros ao estabelecer diretrizes para políticas públicas de fomento à profissão, instituindo a carteira profissional respectiva e autorizando o Poder Executivo a criar a Escola Técnica do Artesanato.

Num outro projeto, PL 30/2010, propôs a criação da “ficha limpa” para preenchimento de cargos públicos comissionados, de confiança, ou efetivos após concursos. O projeto serviu de base ao substitutivo aprovado pelo Senado Federal, em 2013. Atualmente, ocupa o cargo de vice-presidente do Partido Republicano Brasileiro – PRB, na Paraíba.

Produção Cultural

Roberto Cavalcanti escreveu 925 crônicas e artigos publicados no jornal Correio da Paraíba, entre os anos de 2009 e 2019, apresentados à Academia Paraibana de Letras, em 11 volumes cronologicamente encadernados, no ato de sua inscrição. É autor dos livros Meu tempo sobre o tapete azul, Brasília:Gráfica do Senado, 2010; e Como penso, João Pessoa: Forma editorial, 2019.

Filho do médico, antropólogo e professor René Ribeiro, o pretendente à Cadeira 27 desde cedo mostrou pendores pelo cultivo das letras. No tópico “Raízes e caminhos”, constante de seu Curriculum vitae, informa que ainda criança frequentava o universo acadêmico, convivendo com amigos de seu pai, tais como : Gilberto Freyre, Fernando Freyre, Paulo Maciel, Luís da Câmara Cascudo, Darcy Ribeiro e Berta Ribeiro.

Na época, frequentavam a sua casa intelectuais renomados de diversas categorias, dentre os quais, Manuel Diegues Júnior, Tales de Azevedo, Herbert Balduos, Florestan Fernandes, Pierre Vergeé, Roberto Cardoso de Oliveira e muitos outros.

Constata-se, portanto, a iniciação precoce de Roberto Cavalcanti no mundo cultural, incentivado pelo ambiente de convivência das letras em sua vida. Pode-se observar no livro de sua autoria Como Penso a foto em que recebe, com 11 anos, o diploma de aspirante a antropólogo, das mãos do antropólogo Darcy Ribeiro, durante a III Reunião Brasileira de Antropologia, realizada em Recife no ano de 1958.

O primeiro livro, Meu tempo sobre o tapete azul, traz um resgate de suas principais ações como Senador da República, em forma de prestação de contas à Paraíba. Demonstrou durante esse tempo atuação brilhante, mostrando-se independente, saindo do lugar comum e assumindo o exercício da política com o purismo ideológico de quem realmente estava comprometido com as causas em favor da sociedade brasileira, isto demonstrado nos atos legislativos de sua autoria. Roberto Cavalcanti ao encaminhar seu livro no presente processo de ingresso nesta Academia de Letras, assim se expressa: “Se mais não fiz culpo-me pela escassez do tempo e talvez por sonhar além dos limites de uma realidade que vi e vivi”. Constam nele, discursos, pronunciamentos, registro de fatos e comentários, apresentação de moções, indicações, requerimento e providências outras, que servem como testemunho de sua atuação, transparecendo seu olhar sobre os objetos e fenômenos.

A obra é prefaciada por José Alencar Gomes da Silva, vice-presidente da República de 2002 a 2010, com mensagem na contracapa de autoria de Cristóvam Buarque, ex-ministro da Educação e ex-Senador da República.

O segundo livro, Como penso, prefaciado por Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, Ministro do Superior Tribunal de Justiça -STJ, com apresentação do próprio autor, contém crônicas de teor artístico, científico, cultural, social, político, econômico e religioso da vida cotidiana.

Nesse sentido, Ledo Ivo, da Academia Brasileira de Letras classifica os cronistas como “mestres da prosa curta e vivaz”. Nos seus escritos, Roberto Cavalcanti carrega toda emoção e sentimento que traduz alegria, tristeza, solidariedade, sensação de agrado e desagrado, transparecendo a dimensão humana de que é portador.

*Com a colaboração de André Luiz Maia, do Jornal CORREIO

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