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Rússia condena mulher que doou US$ 50 para ONG pró-Ucrânia a 12 anos de prisão

Doação de Ksenia Karelina teria ocorrido no primeiro dia da guerra; entidade nega fornecer apoio militar a Kiev
Cidadã russo-americana Ksenia Karelina acusada de traição, durante a audiência em Yekaterinburg (Foto: Dmitry Chasovitin/ Reuters)

Uma doação de pouco mais de US$ 50 a uma instituição de apoio a Ucrânia custou uma pena de prisão de 12 anos a uma mulher de 32 anos com cidadania americana na Rússia, em mais um dos vários julgamentos por traição que se multiplicaram no país desde o início da guerra.

O caso foi julgado a portas fechadas, mas o tribunal regional de Sverdlovsk, nos Urais, afirmou em um comunicado que Ksenia Karelina foi condenada por “alta traição”. De acordo com a corte, investigadores descobriram que ela fez uma doação no primeiro dia da invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 a uma ONG pró-Ucrânia.

Dessa forma, argumenta o tribunal, ela “transferiu fundos em benefício de uma organização ucraniana que foram posteriormente usados para a compra de itens de medicina tática, equipamentos, meios de ataque e munições pelas Forças Armadas da Ucrânia”.

“Ao longo do julgamento, a acusada reconheceu completamente sua culpa”, acrescentou a corte.

Seus apoiadores dizem que ela doou US$ 51,80 para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária a crianças e idosos na Ucrânia. A organização nega fornecer qualquer apoio militar a Kiev.

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