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Rússia vê ‘provocação’ com aval a mísseis e ameaça os EUA por ‘novo envolvimento’ com Ucrânia

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov advertiu para ‘nova escalada de tensão’ e avisou que Biden joga ‘óleo na fogueira’ com a decisão
(Reprodução/Vyacheslav Prokofyev/TASS)

A Rússia já reagiu à autorização do governo dos Estados Unidos para a Ucrânia usar, pela primeira vez, mísseis americanos de longo alcance na guerra contra a Rússia. A informação é do jornal americano The New York Times.

O aval americano aos foguetes ocorre horas após um ataque russo que matou ao menos sete e diante do reforço de soldados norte-coreanos nas fileiras de Putin na Ucrânia.

O porta-voz do Kremin, Dmitry Peskov, avisou, nesta segunda-feira (18), que a suposta autorização para o uso do armamento é uma “provocação” e indicou que a decisão dos EUA indica um novo nível de envolvimento de Washington no conflito.

Se mísseis fornecidos pelos EUA forem disparados em direção ao interior do território russo, Moscou verá o ataque não como sendo da Ucrânia, mas dos próprios EUA, diz declaração do Kremlin, segundo a rede britânica BBC.

“Os ataques e outros serviços não são realizados pelos militares ucranianos, mas sim por especialistas militares dos países ocidentais. Isto muda radicalmente a modalidade do seu envolvimento no conflito ucraniano. Este é o perigo e a provocação desta situação”, disse Peskov de acordo com a agência russa Ria Novosti.

“Se tal decisão foi de fato formulada e comunicada ao regime de Kiev, então, é claro, esta é uma rodada qualitativamente nova de escalada de tensões e uma situação qualitativamente nova em termos do envolvimento dos Estados Unidos neste conflito”, disse Peskov. “Estamos procedendo a partir disto”, enfatizou, segundo a agência russa de notícias Tass.

A declaração russa ainda disse que é “óbvio” que o governo Biden pretende tomar medidas diante do que chamou um acréscimo de “óleo à fogueira” pelo governo Biden.

Segundo as autoridades, os mísseis devem ser usados para proteger as forças ucranianas na região de Kursk, no oeste da Rússia, em resposta à decisão inesperada dos russos de enviar tropas norte-coreanas para combate.

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