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Saiba por que é importante castrar os pets e como ter acesso ao serviço de forma gratuita

Unipê recebe o Castramóvel da PMJP para realizar castrações em cães e gatos, fêmeas e machos

Quem tem animais de estimação sabe a felicidade mútua que vem da relação que construímos com eles. Hoje a ciência comprova que o afeto que nutrimos pelos nossos pets faz nos sentirmos melhores, o que faz com que cuidemos mais deles, como dar uma alimentação de qualidade e fazer as idas esporádicas a clínicas veterinárias.

Um desses cuidados é a própria castração, que, mesmo realizada por profissionais médicos veterinários, nos causa um pouco de receio e pode até postergar a realização do procedimento. Mas, o medo não deve ser justificativa para não castrar, assegura o médico veterinário e Prof. Dr. João Paulo de Lacerda Roberto.

Segundo João Paulo, que é coordenador do curso de Medicina Veterinária do Unipê, a castração é um procedimento clínico cirúrgico que traz muitos benefícios aos animais, como cães e gatos. Para as fêmeas, a cirurgia previne diversas doenças, entre elas a piometra, uma infecção uterina que pode levar a óbito. Nos machos, a castração proporciona a diminuição da agressividade, por exemplo.

Como são feitas as cirurgias?

“No macho é realizado a orquiectomia, que é a retirada dos testículos e dos seus ductos, e na fêmea é feita a ovariosalpingohisterectomia, mais conhecida como OSH. Eles têm como principal diferença a invasividade da cirurgia. Na fêmea é mais invasivo: ocorre a abertura da cavidade abdominal, fazendo com que a cirurgia apresente uma complexidade maior na sua efetivação. No macho, há a secção do saco escrotal, quando aparecem os testículos que, com os ductos, são removidos”, conta.

A idade é um aspecto importante que considera, inclusive, a finalidade para a qual o animal será submetido a cirurgia. Paulo diz que geralmente já há indicação para castrar os pets a partir dos cinco meses de idade – no caso das fêmeas, pode ser feito antes ou após o primeiro cio. Idosos também podem fazer a castração, e a indicação de cirurgia é abalizada pelo profissional veterinário.

“Em ambos os casos são solicitados ao paciente que realize o risco cirúrgico, mas, a depender do estado nutricional e fisiológico do animal, a cirurgia pode ser realizada das mais diversas formas que nós temos, com anestesias adequadas para tais procedimentos”, afirma João Paulo.

Cuidados pós-castração

Após a cirurgia, há alguns cuidados básicos a serem tomados. João Paulo lista alguns deles abaixo:

– Mantenha a ferida da cirurgia sempre seca e limpa, com o curativo e a proteção com roupinha cirúrgica;

– Evite que o animal tenha contato com a incisão cirúrgica – isso pode vir a romper os pontos realizados. Para isso, é indicado, a depender do caso, usar um colar elisabetano, além da roupinha cirúrgica para o animal;

– Outro cuidado básico é a administração das medicações prescritas pelo veterinário cirurgião. Siga corretamente a prescrição, isso ajudará na recuperação do pet.

“Em geral, após sete dias da castração, caso esteja nas conformidades e perfeitamente sarada, removemos as suturas feitas no local da cirurgia”, comenta o especialista.

Outros benefícios

O médico veterinário também lembra que a castração é uma questão de saúde pública coletiva: elas são realizadas para controle populacional por programas de governo através de campanhas. Além dessa e de outras razões, a importância desse procedimento é a diminuição da incidência de zoonoses, que são doenças transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa.

“Por exemplo, na nossa capital e na região metropolitana há muitos animais com esporotricose, patologia causada por um fungo que é facilmente transmitido do animal para o ser humano. São pequenas feridas circulares que aparecem no focinho do animal, geralmente gatos. E a doença tem um tratamento extremamente demorado, que varia conforme a saúde do animal e do ser humano, então deve-se ter atenção especial para essas zoonoses”, diz.

Castramóvel da Prefeitura de João Pessoa no Unipê

O trailer Castramóvel, ação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de João Pessoa (Semam/PMJP), foi instalado recentemente no campus do Unipê. Desde o dia 6 de março, o projeto vem realizando castrações para a população da cidade. O Centro Universitário de João Pessoa – Unipê disponibiliza equipamentos de cirurgia, anestesia e insumos para que as cirurgias possam ser realizadas. A parceria deve durar 30 dias.

As cirurgias são feitas com profissionais formados, anestesistas e auxiliares de veterinária, contando ainda com a participação de professores e estudantes do curso de Medicina Veterinária do Unipê. Os atendimentos são agendados e antes de vir para a cirurgia os animais precisam passar por exames clínicos – um hemograma – que é feito no Centro de Controle de Zoonozes, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

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