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Sair ou ficar?

Das duas, uma: ou Ricardo Coutinho (PSB) já tem estudos confiáveis que projetam dificuldades eleitorais em 2018, ou apenas está incomodado e tenta frear a inevitável contagem regressiva de seu governo, que transfere a perspectiva de poder para sua vice, Lígia Feliciano (PDT).

O que mais explicaria o fato do secretário de Comunicação, Luis Tôrres declarar que a intenção de Ricardo Coutinho é de ficar no governo até o fim, quando todos os antecessores, a exceção de Tarcísio Burity em 1990, saíram do Palácio da Redenção com capital político suficiente para vencer as disputas para o Senado Federal?

O próprio governador disse, em entrevista ao Correio Debate da 98FM, comandado por Fabiano Gomes, que está satisfeito com sua trajetória, e que já chegou onde não imaginara que chegaria. Que por isso, sua prioridade não é uma cadeira no Senado, mas a garantia de continuação do seu projeto aqui na Paraíba.

Ricardo explicou que se sentir que esse projeto corre risco, ficará no governo até o último dia do mandato. Onde estaria a ameaça? Não especificou. Contudo, se deixar o cargo para ser candidato, quem assume é Lígia Feliciano, que até agora tem se posicionado com correção, assim como o PDT, que na Paraíba é comandado pelo seu marido, o deputado federal Damião Feliciano.

E claro que mantendo a caneta na mão Ricardo terá mais controle sobre a sucessão no seu bloco partidário. Se Lígia assumir, terá o direito de disputar a reeleição no cargo, um diferencial que o governador conhece bem pois esteve nessa posição em 2014. O PDT passaria de coadjuvante a protagonista.

Na entrevista ao Correio Debate, Ricardo Coutinho incluiu o seu secretário João Azevedo (que também lançou para prefeito de João Pessoa e desistiu) na lista de possíveis candidatos ao governo, e comentou que para ser viável, o postulante precisa ter várias qualidades, e destacou a ousadia. Que não deve apenas representar o pensamento médio, mas ter metas desassombradas e vontade de liderar.

Se Ricardo evita se comprometer, dificilmente é por duvidar de suas chances em 2018. Adiar a perspectiva de transferência de poder é mais crível, porque Lígia já atrai holofotes.

TORPEDO

Falarei sobre os planos para 2018 em 2018. Agora o foco é o presente. A questão do disse me disse de 2018 vou deixar para 2018. Eu estou vacinada contra disse me disse.

Da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), recusando antecipar debate sucessório.

Proposta

O governador Ricardo Coutinho anunciou incorporação aos salários dos policiais militares e civis de 40% do valor que já recebem por plantões, a partir de março. Seria um esforço para evitar a paralisação em gestação.

Apelo

O líder da oposição, Tovar Correia Lima (PSDB) fez apelo aos policiais para que não entrem em greve. Foi sua resposta ao governo que acusa adversários de estimularem o movimento. Mas, insistiu que haja diálogo.

Diálogo

Quem também espera conversar com o governador é o presidente do Sindifisco, Manoel Isidro, que enviou ofícios mas não recebeu resposta. Os auditores fiscais prometem parar, a partir de hoje, um dia a cada semana.

Nada contra

Isidro faz questão de destacar que o movimento não é contra o governo ou contra o governador, mas “em prol da categoria, de melhores condições de trabalho, de reajuste da remuneração da categoria fiscal”.

ZIGUE-ZAGUE

Celso de Mello (STF) rejeitou argumentos do Rede e PSOL e manteve Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da Presidência, com foro privilegiado.

Já a Justiça Federal do Rio de Janeiro denunciou o ex-governador Sérgio Cabral, também do PMDB, por 184 crimes de lavagem de dinheiro.

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