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Samu de João Pessoa recebeu mais de 36 mil trotes em 2021

Quando identificado, o autor é enquadrado no artigo 340 do Código Penal Brasileiro por falsa comunicação
Falsas ocorrências atrasam prestação de socorro a casos reais (Foto: Divulgação/Secom-JP)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de João Pessoa registrou, em 2021, 36.166 trotes telefônicos. A prática é crime e causa prejuízos financeiros e sociais.

No Samu, quando a ligação é identificada como trote, é feito um registro em um banco de dados, sendo contabilizado em estatísticas e, posteriormente, encaminhado a delegacias e Procuradoria para providências cabíveis. Quando identificado, o autor é enquadrado no artigo 340 do Código Penal Brasileiro por falsa comunicação, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa.

O Samu realiza, ainda, ações educativas em meios de comunicação, nas escolas, Centros de Referência em Assistência Social, Centros de Apoio Psicossocial, Unidades Básicas de Saúde, entre outros órgãos municipais.

O coordenador geral do Samu, o médico Galileu Machado, alerta que pessoas que passam trotes dificultam o atendimento de quem realmente está em situação de risco, necessitando de auxílio médico.

“A ligação ocupa a linha telefônica, enquanto os atendentes tentam diferenciar se a ocorrência é de fato verdadeira ou trote, além de, em muitos casos, a ambulância acabar sendo enviada para um local no qual não há necessidade de socorro”, lamenta.

Para ele, é imprescindível que a população entenda a importância de coibir essa prática de trotes, principalmente nesse período de férias escolares, já que boa parte das ligações para 192 com ocorrências falsas são feitas por crianças.

“As ligações falsas interferem no tempo-resposta do Samu. O tempo de atendimento, em muitos casos, é determinante para reduzir as sequelas, tempo de internação e no aumento da manutenção de vida do paciente”, explica Galileu Machado.

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