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Samu recebe 36 mil trotes em três meses e identifica números dos criminosos

O Samu de João Pessoa recebeu, nos últimos três meses, mais de *104 mil ligações. Dessas ligações, cerca de 36 mil são trotes, que congestionam as linhas e atrapalham o serviço de socorro médico fornecido pelas equipes. Passar trote é crime; veja abaixo. O Samu está listando o número dos autores de trotes na Grande João Pessoa.

Segundo a médica e coordenadora geral do Samu, Érika Rivenna Andrade, os trotes passados para a equipe podem resultar em morte de pessoas que realmente estejam precisando de socorro médico urgente.

“Em casos de maior urgência, como um ataque cardíaco ou acidente de trânsito grave, segundos podem fazer toda a diferença para salvar a vida do paciente e, quando destinamos uma unidade para realizar um atendimento que é trote, estamos ocupando um serviço que pode deixar de estar atendendo outra pessoa em risco de morte”, contou a coordenadora.

Ainda segundo a coordenadora do Samu, a maior parte dos trotes são passados por crianças e adolescentes, que aproveitam uma distração ou ausência dos pais para praticar os trotes.

Com o objetivo de identificar e se prevenir contra os trotes, o Samu elaborou um cadastro com os números que já foram identificados como realizadores de trotes. As ligações para o serviço são cadastradas e se a equipe, ao chegar ao local do atendimento solicitado, identificar tratar-se de um trote, o número registrado entra para essa lista.

Para atender a Grande João Pessoa, o Samu dispõem de quatro Unidades de Suporte Avançado (USA), que são destinadas a atendimentos com risco de morte iminente, ferimentos por arma de fogo, acidentes trânsito causados por maiores colisões e outros, e sete unidades básicas destinadas apenas para a população da Capital, para atendimentos de médio porte, ou seja, sem risco eminente de morte.

Passar trote é crime. De acordo com o Decreto Lei 2848/40, provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado, é passível de detenção que pode ir de um a seis meses ou multa.

* A matéria foi atualizada às 17h03 para corrigir os números que estavam errados e tinham sido repassados pela Secretaria de Comunicação de João Pessoa.

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