O 2º sargento da Polícia Militar da Paraíba, Edson Lira, teve a prisão preventiva decretada nessa quarta-feira (26), pelo juiz da Vara da Justiça Militar de João pessoa, Eslú Eloy Filho. Segundo o Tribunal de Justiça da Paraíba, ele não compareceu à audiência de inquirição de testemunha e interrogatório, nem justificou os motivos da ausência. O sargento seria o autor da morte do também sargento da PM José Lúcio Júnior, quando manuseava uma pistola Taurus, calibre .40, no dormitório do Centro de Educação da corporação.
O magistrado determinou a imediata expedição do mandado de prisão e designou a próxima audiência para dia 11 de julho, às 14h, para continuidade da instrução processual.
Segundo o processo, Edson Lira foi preso em flagrante pelo suposto crime de homicídio, que aconteceu dia 15 de março de 2018, por volta da 0h, no interior do Centro de Educação. No momento do disparo de pistola, ainda de acordo com o processo, a vítima estava dormindo.
Ele poderá sofrer pena pena de 12 a 30 anos de reclusão, por matar alguém à traição, de emboscada, com surpresa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
Na audiência de custódia, ele foi beneficiado com a liberdade provisória e, cumulativamente com a medida, com três cautelares, dentre elas a proibição de se ausentar da comarca por mais de oito dias, sem prévia comunicação e autorização da Justiça Militar.
Conforme o juiz Eslú Eloy Filho, mesmo ciente das obrigações, o fato é que até hoje o sargento não cumpriu qualquer uma das cautelares. “Deixou de comparecer em Juízo mensalmente e ausentou-se da Comarca por mais de oito dias, para ser internado em clínica particular em Pernambuco, sem autorização da Junta Médica Militar”, comentou. O magistrado acrescentou que o sargento Edson Lira deixou de comparecer, pelo menos, a duas audiências nesse processo, devidamente avisado.
“Assim, acolho o pronunciamento do Ministério Público e revogo as medidas cautelares e a liberdade provisória. Existindo indícios suficientes de autoria, como conveniência da instrução criminal e para a segurança da aplicação da Lei Penal Militar, decreto a prisão preventiva do 2º sargento da Polícia Militar Edson Lira”, decidiu o juiz.
*Matéria atualizada para corrigir a informação de que o advogado não teria comparecido à audiência, conforme divulgado pelo TJPB. Em contato com o Portal Correio, o advogado desmentiu o TJPB e disse que esteve na audiência.