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Sebrae avalia perfil das Micro e Pequenas Empresas da Paraíba

A formalização dos micro e pequenos negócios foi responsável pela melhoria das condições de compra junto aos fornecedores para 75% dos empreendedores da Paraíba. Além disso, três a cada quatro empreendedores, ou 76%, consideram que abrir o próprio negócio permitiu maior ganho financeiro mesmo diante da crise econômica vivenciada nos últimos anos, que foi apontada como uma das principais dificuldades dos empreendedores no estado. Os resultados integram a pesquisa “Perfil das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte da Paraíba”, realizada pelo Sebrae.

De acordo com a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, o objetivo do levantamento foi identificar as principais características, dificuldades e demandas das micro e pequenas empresas do estado. “Os dados servirão de insumo para o planejamento e tomada de decisão dos colaboradores do Sebrae Paraíba. Junto com outros estudos, montaremos o Plano Estratégico e Orçamento 2019. Ainda, a partir deste levantamento, poderão ser levadas em consideração as características e necessidades dos empreendedores de cada região”, afirmou.

Um dos pontos destacados pela gestora foi o alto índice de formalização dos negócios entre os empreendedores entrevistados, o que mostra um avanço. “Quanto mais empresas formalizadas, maior a confiança nas relações empresariais”, frisou Ivani Costa. Na Paraíba, com base em dados da Receita Federal referentes a junho deste ano, existem 44.119 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) optantes do simples nacional. Entretanto, para esta pesquisa, foram realizadas uma média de 400 entrevistas em todo o estado.

De acordo com o levantamento, dois em cada dez entrevistados têm a própria residência como local de trabalho – ou seja, 76% atuam em estabelecimento comercial, o que sinaliza uma profissionalização na prestação dos serviços. Antes de abrir o próprio negócio, segundo o levantamento, 38% dos entrevistados afirmaram que eram empregados com carteira assinada, enquanto 16% eram empreendedores informais.

Em relação ao relacionamento entre os micro e pequenos empreendedores e as vendas para prefeituras ou governo estadual, quatro em cada dez (42%) afirmaram ter realizado negócios junto a gestões públicas. Do total que nunca vendeu para prefeituras ou governo, ou seja, 58% dos entrevistados, apenas 38% disseram ter interesse nesse tipo de venda. Ainda, aproximadamente sete entre cada dez micros e pequenos empresários vendem produtos ou serviços para outras empresas.

Crise e concorrência dificultam

O levantamento do Sebrae também aponta que a crise (18%) e concorrência (17%) são as principais dificuldades enfrentadas pelos micro e pequenos empreendedores paraibanos. Além disso, apenas quatro entre cada dez entrevistados disseram ter solicitado empréstimo em nome da empresa.

A atividade como micro e pequeno empresário é a única fonte de renda para seis entre cada dez dos micro e pequenos empresários, ou 59% dos entrevistados. A redução dos impostos é considerada a política de apoio mais útil aos empreendedores conforme 58% dos respondentes. Entretanto, 74% dos ouvidos pela pesquisa não acreditam que, nos próximos anos, a empresa pode aumentar de porte.

 

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