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Seis pessoas sofrem picada de cobra e escorpião por dia na PB; veja como evitar

O período de inverno é conhecido como a época onde crescem os casos de pessoas picadas por animais peçonhentos dentro de casa. Em Campina Grande, conforme dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológicas (Ceatox) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), apenas entre maio e julho deste ano, 527 pessoas foram atendidas vítimas de picada por animal peçonhento, sendo 58 casos de picada de cobra e 469 picadas de escorpião. Em média, seis pessoas por dia sofrem essas picadas


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Segundo o Ceatox, os casos de picadas são mais comuns no inverno porque é nessa época que s animais saem das tocas para se esquentar nas casas, se escondendo em guarda-roupas, sapatos e móveis.

Em Campina Grande, o Centro atende pessoas atacadas por animais peçonhentos como serpentes, aranhas, escorpião, lagarta, entre outros, além de vítimas de intoxicação por produtos químicos, medicamentos, alimentos, domissanitários e agrotóxicos, entre outras substâncias químicas.

O atendimento dos pacientes é feito por uma equipe clínica do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde funciona o Ceatox. Os pacientes assistidos pela equipe podem ficar internados ou apenas serem medicados e liberados em seguida, dependendo da gravidade do caso. Nos casos graves, o paciente fica no hospital para tomar o soro, fazer os exames e ter o acompanhamento necessário.


Picadas de escorpião e de cobras lideram ocorrências

Embora os casos de picada de escorpiões e de cobras aumentem no período o inverno, esse tipo de animal ataca o ano inteiro, conforme a coordenadora do Ceatox em Campina Grande, Sayonara Lia Fook.

Em média, a equipe de Ceatox chega atender até três casos por dia. Por mês, esse número pode extrapolar os 60 atendimentos. A maioria das pessoas atacadas por cobras é de agricultores que trabalham na roça.


Cuidados para evitar acidentes com animais peçonhentos

No caso dos escorpiões, que possuem uma picada dolorosa e que pode levar a óbito, a dica para não ser picado é combater as baratas, principal alimento deles. Também é recomendada a retirada de entulho de construção ou material reciclável das casas. Outra dica é varrer o telhado das casas ou cômodos que não possuem laje.

Outra orientação do Ceatox é sempre verificar o travesseiro e o lençol antes de dormir. Também é aconselhável olhar os sapatos e a roupa que vai vestir, para ver se não tem um escorpião escondido. O maior cuidado, no entanto, é manter a casa limpa, já que segundo a Sayonara Lia, os escorpiões gostam tanto do tempo frio como do calor e se adapta bem em qualquer clima.

Em caso de picada de escorpião, a orientação e que a vítima ou pessoas próximas a ela não apertem a área afetada nem coloquem gelo. Além disso, pessoas atacadas por animais peçonhentos também devem evitar crendices populares, como colocar borra de café, alho ou fazer incisões no membro.

O correto é lavar o local com água e sabão para evitar contaminação, elevar o membro e seguir imediatamente para o hospital. Se possível, os profissionais pedem que se leve também o animal que picou, vivo ou morto, pois fica mais fácil para o médico fazer a identificação e indicar o remédio para ser aplicado. Para as pessoas que têm quintal grande ou moram em sítios a dica é criar galinhas.


Intoxicação

Também atendidos no Ceatox, os atendimentos em casos de intoxicação cresceram. Em cinco anos, o número de pessoas vítimas de intoxicação por medicamentos cresceu em 79,8% em Campina Grande. Em média, 800 pessoas são atendidas por ano apresentando quadro de intoxicação.

O Ceatox também desaconselha a automedicação, que pode causar um quadro grave de intoxicação, além de mascarar sintomas de uma doença. Apesar da orientação, este tipo de problema tem sido recorrente.

Ainda segundo Sayonara Lia a automedicação é o grande problema nos casos de pacientes com intoxicação causada por plantas. Segundo ela, o risco não está somente no uso da planta medicinal, mas principalmente na quantidade que é utilizada.

“Os medicamentos sempre causarão reações boas ou ruins no corpo. Por isso é preciso uma regulagem das quantidades utilizadas. Por esta razão, para alguns casos são utilizados medicamentos de farmácias de manipulação, para que o mesmo tenha os componentes na medida certa para cada caso”, explicou Sayonara Lia.

O Ceatox de Campina Grande funciona em plantões ininterruptos de 24 horas, todos os dias do ano.

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