Está morta e sepultada a proposta de uma grande frente – ou blocão, como foi chamado por dirigentes tucanos – para apoiar um candidato a prefeito do campo adversário ao governador Ricardo Coutinho, que poderia vencer no 1° turno, em João Pessoa. O beneficiado seria o prefeito Luciano Cartaxo (PSD), mas PMDB e PTB não só recusaram a aliança, como vão para o confronto contra o atual gestor.
O deputado Wilson Filho, que é o pré-candidato a prefeito e voz decisiva no PTB, foi direto ao ponto: “Ninguém pode querer ser eleito prefeito por WO, excluindo candidaturas”.
E a ideia lançada tinha esse objetivo. O PSDB, sem candidato a prefeito e indeciso entre apoiar o PMDB, PTB e PSD, propôs união em torno de quem via com mais chances de enfrentar o poder de fogo do PSB, que detém o governo do Estado e lançou Cida Ramos para o cargo.
PMDB e PTB discordam da avaliação e da estratégia. Ambos confirmaram que estarão na disputa, desmentindo que o acordão estaria quase fechado.
Reação de Wilson Filho: “Essa aliança deve ser boa para Ruy [Carneiro]. Não vejo em quê a cidade vai ganhar quando partidos importantes preferem compor com a mesmice que Luciano Cartaxo representa”.
Ainda deixou uma lição: “As lideranças políticas devem ter coragem de enfrentar desafios e não ficar procurando acomodações que no final, não produzem nada de bom para a população”.
E avisou: “Quem pensava em votar em Cartaxo por falta de opção, pode ficar tranquilo que nós vamos manter nosso projeto e a população terá opção contra a mesmice”.
Manoel Júnior (PMDB) deixou claro que é adversário político de Ricardo Coutinho, não inimigo pessoal. Por isso, não desistiria do sonho de governar João Pessoa para impor uma derrota ao pessebista, especialmente quando não aprova a gestão municipal.
Com esses posicionamentos, já são certas seis candidaturas a prefeitos em João Pessoa. Além do prefeito Luciano Cartaxo, de Wilson Filho e Manoel Júnior, estarão disputando votos Charliton Machado (PT), Victor Hugo (Psol) e Cida Ramos (PSB). Sem chance de WO.
TORPEDO
“Não se pode brincar com esse tipo de coisa. ‘Ah, é processo oculto’, pede-se sigilo, mas divulga-se para a imprensa que tem um processo aqui, um inquérito. Isso é algo grave. Não se pode cometer esse tipo de… Isso é uma brincadeira com o Supremo”.
Do ministro Gilmar Mendes (STF), condenando vazamento dos pedidos de prisão de Renan Calheiros, Sarney, Romero Jucá e Eduardo Cunha.
O veto de RC…
No Rede Debate, da RCTV, o deputado Manoel Júnior contou que não foi ministro da Saúde porque Ricardo Coutinho foi a Dilma com outros dois governadores do PSB para vetar seu nome, indicado pela bancada.
… a Manoel
O deputado disse que soube do veto por um jornalista, setorista do Palácio do Planalto, que entrevistou um dos governadores. Manoel agradeceu publicamente a Ricardo por tê-lo livrado do que seria um erro.
Crise e divida
A crise financeira levará governadores de todo o país ao Senado, hoje, onde discutirão a renegociação das dívidas dos Estados com com Renan Calheiros. Amanhã o encontro será com o ministro Henrique Meirelles.
Impeachment
Foi uma no cravo e outra na ferradura. Ricardo Lewandowski negou o pedido do PSDB para reduzir de 44 para 16 as testemunhas de defesa de Dilma Rousseff, mas manteve Anastasia como relator, contrariando PT.
ZIGUE-ZAGUE
+ Há expectativa em relação as justificativas da PGR para pedir as prisões de um ex-presidente da República, dos presidentes do Senado e Câmara e um senador.
+ Renan Calheiros avalia medida como “desarrozoada, desproporcional e abusiva”. No mesmo tom são as declarações de Sarney, Eduardo Cunha e Romero Jucá.