O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) disse que não permitira, de forma alguma, que o Ministério das Cidades retaliasse a Paraíba. “Eu ou qualquer outro integrante da bancada permitiria esse tipo de coisa. Isso não existe”, afirmou, em entrevista por telefone ao programa ‘Correio Debate’, nesta segunda-feira (13), na rádio 98FM Correio. Cássio classificou como “factoide” as acusações que Ricardo Coutinho (PSB) tem feito contra o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e atacou o governador, afirmando que a gestão estadual não repassa aos municípios “dinheiro sequer para compra de remédio, mas insiste em criar um Tribunal de Contas do Município”.
Leia mais sobre Política no Portal Correio
Segundo o senador, os R$ 3,8 milhões que já estão medidos foram liberados. “É óbvio que não estava na conta do convênio, porque se fosse retirar seria crime. O que há é um profundo desequilíbrio financeiro, com mais de R$ 440 bilhões sem recursos para tanto. Vou me reportar a obra em Guarabira, de R$ 1,5 milhão, mas que só foram liberados R$ 150 mil”, disse.
O senador paraibano disse que não entrará nessa polêmica porque, na sua visão, o governador estaria se utilizando do episódio para um embate político. “Não vamos entrar num jogo de alguém que trata o atual governo como golpista e quer fazer desse episódio um cavalo de batalha. O governo do estado deixa de dar contrapartida em programas importantíssimos. Há meses que o governo do estado deixa de dar a contrapartida ao Samu, ao programa de farmácia básica e aos recursos do Pacto Social. Não vou entrar nesse foguete político, nem nesse bate boca. Finalmente o povo sabe agora que alí tem recurso do governo federal. À medida em que a medição foi avançando, os recursos serão liberados”, afirmou.
Cássio Cunha Lima garantiu que não houve retirada de dinheiro da conta do estado. “Nós vamos lutar pela liberação dos recursos. O dinheiro foi retirado da conta da CEF do Ministério das Cidades. Se alguém faz depósito na conta de alguém, ele não pode mais ser retirado isso seria crime. Mesmo que os R$ 17 milhões estivessem lá, só poderia pagar R$ 3,8 milhões”, afirmou.
O senador adiantou que já conversou com o ministro Bruno durante o sábado e já nesta segunda em Brasília. “Foi feito o que foi rigorosamente anunciando pelo ministro, que é que a obra receberia os recursos de acordo com as medições. O governo tem um problema de fluxo de caixa, que é fruto de uma crise em todo o país”, disse.
Cássio lembrou ainda que quem primeiro levou esse assunto ao ministro foi o senador Raimundo Lira (PMDB), que foi endossada por ele e pelo senador José Maranhão (PMDB). “São as coisas da nossa velha e boa Paraíba, criação de factoides sem olhar que o mesmo acontece em relação ao governo do estado com os municípios.É um governo que não tem dinheiro para remédio para o povo que sofre, mas insiste na criação de um Tribunal de Contas dos Municípios”, reafirmou.
Leia mais notícias em portalcorreio.com.br, siga nossas páginas no Facebook, no Twitter e veja nossos vídeos no Youtube. Você também pode enviar informações à Redação do Portal Correio pelo WhatsApp (83) 9 9130-5078.