Funcionários da educação municipal de Santa Rita, na Grande João Pessoa, estão em greve por tempo indeterminado desde essa quinta-feira (6). Segundo o Sinfesa, sindicato que representa a categoria, a paralisação ocorre em protesto ao descumprimento do piso salarial, pagamento de 1/3 de férias e repasse para o pessoal de apoio que trabalha em creches e escolas.
“São aproximadamente 1.000 trabalhadores prejudicados. A defasagem atinge professores da educação básica 1 e 2. Decidimos pela greve por tempo indeterminado e, na próxima terça-feira, voltaremos a nos reunir em assembleia para discutir ações. Por enquanto, 30% dos servidores seguem trabalhando, como manda a legislação”, informou José Farias, presidente da Sinfesa.
Em entrevista à Rede Correio Sat, a secretária da Educação em Santa Rita, Edilene Santos, apresentou outra versão em relação à remuneração dos servidores. Ela negou que a falta de reajuste atinja a todos os professores e disse que já explicou a situação à Sinfesa.
“Já fizemos duas reuniões com o Sinfesa para alinhar algumas inconformidades. Na ocasião eu passei a realidade da Educação em Santa Rita. No levantamento que nós fizemos identificamos uma inconformidade com poucos professores. Na verdade são 152 professores de educação básica I e 29 professores de educação básica II”, alegou.
Ainda conforme Edilene Santos, a Prefeitura de Santa Rita já prepara a regularização dos 181 professores afetados. “É preciso esclarecer que anualmente os professores recebem 1% pelo PCR e a cada quatro anos 10%. Então, ao longo de três anos dessa gestão, 343 professores já obtiveram 14% pelo PCR. Logo, a folha vegetativa aumenta mês a mês, a medida que cada servidor completa quatro anos, a partir de sua data de admissão. Não existe salário congelado no município de Santa Rita”, sustentou.
* Com colaboração de Sandra Macedo, da Rede Correio Sat