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Setembro Amarelo: veja como ajudar uma pessoa a superar o adoecimento mental

Uma ação importante de quem está por perto, sejam amigos ou familiares, é demonstrar acolhimento e se colocar disponível para ajudar
(Foto: Divulgação/ Unimed)

Estar em sofrimento mental é doloroso e uma luta muitas vezes solitária, que pode ter um fim trágico. Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, no ano passado, 16.262 pessoas tiraram a própria vida no Brasil, sendo 317 delas na Paraíba. Diante de tantas perdas, é possível ajudar quem está com adoecimento mental. Neste mês, a Campanha Setembro Amarelo chama a atenção para a prevenção e combate ao suicídio.

Entre as doenças que levam a pessoa a tirar a própria vida, estão transtornos de personalidade, como a depressão, bipolaridade, esquizofrenia, borderline e ansiedade. Além disso, o uso de substâncias como álcool, cocaína e outros entorpecentes também são fatores de risco.

O psiquiatra Rivando Rodrigues, médico cooperado da Unimed João Pessoa, lembra que muitos pacientes têm dificuldade em aceitar o diagnóstico e o tratamento, o que pode levar ao risco de cometer suicídio. “Parentes e amigos podem ter um papel fundamental quando os pacientes se apresentarem isolados, com pouca comunicação, sem esboçar interesse por coisas que habitualmente faziam. É preciso ouvir essas pessoas e orientá-las sobre a importância de buscar tratamento e voltar a ter qualidade de vida”, orienta o médico.

Cuidando da Mente

Quando se fala em ajudar pessoas em sofrimento mental, uma ação importante de quem está por perto, sejam amigos ou familiares, é demonstrar acolhimento e se colocar disponível para ajudar. A psicóloga Monique de Fátima, da equipe da Unimed João Pessoa, reforça a importância de demonstrar empatia. “É importante que a gente oriente o outro como ele pode se cuidar e que, se ele precisar de ajuda para buscar um profissional, você estará junto. Porque, às vezes, essa pessoa está tão sem forças que nem condições de buscar um profissional ela tem”, acrescenta a psicóloga.

Algumas ações também ajudar a aliviar os sintomas, como as práticas integrativas. A Unimed JP disponibiliza para os clientes atividades como yoga, auriculoterapia, ventosaterapia, biodança, dança circular, relaxamento e aromaterapia no Espaço Vida, por meio do programa Harmonize. As aulas acontecem duas vezes por semana.

Para participar, os beneficiários devem agendar o atendimento na área do cliente do Portal Unimed JP. Os atendimentos também podem ser agendados através do aplicativo Unimed JP, que está disponível para os sistemas Android e iOS.

Acolhimento

A psicóloga Monique de Fátima dá algumas orientações sobre como você pode acolher e ajudar uma pessoa próxima que se encontre em processo de adoecimento mental:

Esteja disponível para acolher
A primeira coisa é fazer com que o outro possa se sentir à vontade e saber que não será julgado por determinado comportamento ou sentimento que está vivenciando.

Fique atento ao que o outro diz
Ao ouvir com atenção o que o outro está verbalizando, você pode identificar pensamento suicida. Quando a pessoa diz que se sente cansada, na verdade pode estar querendo dizer que se encontra extremamente cansada da vida; ou que não aguenta mais. Dobre a atenção, principalmente, com quem já tentou suicídio alguma vez.

Oriente e auxilie na busca por tratamento
Com muito carinho e acolhimento, fale para a pessoa quanto os profissionais podem ajudá-la. Tente convencer, mas, sem insistir. Saiba a hora de falar para que o outro não se sinta pressionado. Reforce que você está disponível para ouvir, mas que não é um profissional.

Fale da importância da psicoterapia e do tratamento médico
Enquanto amigo ou familiar oriente o outro sobre como ele pode se cuidar. Reforce que é na psicoterapia que a pessoa consegue liberar as emoções e angústias e que o tratamento medicamentoso é fundamental para agir nos sintomas e trazer mais tranquilidade. São tratamentos complementares.

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