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Sob fogo da Lava Jato

Quando Michel Temer assumiu a Presidência, levou para o governo os que são considerados seus cinco mosqueteiros: Romero Jucá, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Passados apenas nove meses, três já caíram e um quarto se licenciou do cargo tentando escapar do tsunami provocado pelas delações premiadas da Odebrecht.

Quem duvidou da imparcialidade da Lava Jato, está tendo que rever, porque se no primeiro momento o PT, então no governo, foi o alvo prioritário, agora é o PMDB, o maior partido do Brasil, seja em número de senadores, de deputados federais, de governadores, de prefeitos…

O primeiro a cair foi o senador Romero Jucá, cujas habilidades podem ser avaliadas pelo fato de ter sido líder nos governos de FHC, Lula e Dilma. Estava no ministério do Planejamento quando o ex-dirigente da Transpetro, Sérgio Machado divulgou gravações que provariam articulação para “estancar a sangria” da Lava Jato.

Essas gravações também registraram Machado afirmando que Henrique Eduardo Alves – que foi deputado federal por 44 anos, boa parte ao lado de Michel Temer – recebeu R$ 1,5 milhões em doações eleitorais de recursos originários de propinas. Também caiu.

Gedeel Vieira Lima, que cumpriu cinco mandatos de deputado federal e foi ministro da Integração de Lula, deixou a Secretaria do Governo após acusado de tráfico de influência para liberação das obras de um edifício em Salvador, barradas pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico. Mas, também é citado nas delações premiadas.

Eliseu Padilha, ministro chefe da Casa Civil, hitórico do PMDB, é a bola da vez. Foi deputado federal durante 20 anos, ministro dos Transportes e da Aviação Civil, e é um dos mais próximos de Temer, ao lado de quem estaria no episódio delatado por Claudio Melo Filho, da Odebrecht. Teria recebido doações para o PMDB, em dinheiro, sem registro. E o advogado José Yunes confirmou que, a seu pedido, hospedou o “pacote”, cujo conteúdo desconhecia na ocasião.

Sob fogo, Padilha pediu licença médica para fazer uma cirurgia na próstata. A volta vai depender do conteúdo das delações da Odebrecht. A expectativa é que sejam liberadas após o Carnaval. Por enquanto, sobrou Moreira Franco, promovido a ministro para ter foro privilegiado, mas balançando, porque e citado 34 vezes por Claudio Melo Filho.

TORPEDO

“Os agricultores já sofrem demais para colocar a comida na própria mesa e também na de milhares de brasileiros, não podem ser prejudicados com a modificação da idade de aposentadoria.”

Do deputado Benjamin Maranhão (SD), anunciando que votará contra proposta que eleva idade da aposentadoria rural para 65 anos.

Comitiva

O presidente Michel Temer virá à Paraíba na quinta-feira, dia 9, com pelo menos três ministros: Helder Barbalho (Integração), Bruno Araújo (Cidades) e Maurício Quintella (Transportes), todos com obras no Estado.

Longa espera

Temer inaugura o Eixo Leste da transposição às 10h, em Monteiro, que vai receber políticos de todo o Estado, afinal, é uma obra prometida há 170 anos, que finalmente vira realidade. E em período de crise hídrica.

Investimento

Depois, Temer terá agenda em Campina, onde autoriza, com o ministro Maurício Quintella, o início da 3ª via na BR-230 entre Cabedelo e Oitizeiro, e a continuação da duplicação em direção ao Sertão paraibano.

Mais casas

Também está confirmada a parceria entre o Ministério das Cidades e a Prefeitura de Campina Grande para a construção de 1.000 novas unidades do Minha Casa Minha Vida. Temer dá passos firmes para conquistar região.

ZIGUE-ZAGUE

Arthur de Oliveira Maia, relator da reforma da Previdência, considera como “escárnio” e “aberração” a regra que isenta entidades filantrópicas de contribuições.

Disse que o privilégio custará, apenas neste 2017, um total de R$ 12,45 bilhões. O debate está mostrando as causas do rombo que ameaçam o futuro da Previdência.

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