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Suicídio: rompendo o silêncio

O dia 10 setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o mês. A Campanha de Conscientização a Prevenção do Suicídio tem o objetivo de prevenir e reduzir o número alarmante de tal prática. Apesar de ser um tema delicado e ainda tratado por muitos como um tabu, os dados estatísticos apontam para a necessidade de debater mais sobre esse assunto.

A saber, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se uma taxa mundial de mortalidade por suicídio de um a cada quarenta segundos. O suicídio resulta normalmente da interação de vários fatores e geralmente está associado à depressão ou a algum outro transtorno psiquiátrico, traumas de infância, álcool etc. Mas esses fatos, sozinhos, não bastam para explicar o suicídio. Não são os eventos dolorosos da vida que fazem a pessoa suicidar-se.

O ato suicida muitas vezes é uma forma de vingança e retaliação contra o ambiente as pessoas que, supostamente, fizeram o suicida sofrer, ou não o ajudaram e compreenderam o suficiente. Algumas vezes o suicida deixa cartas e bilhetes com acusações claras ou sutis perdoando ou desculpando as pessoas pelo mal que lhe teria feito. No entanto, a percepção desse componente agressivo do ato suicida não nos deve impedir de reconhecer que o suicida está sofrendo de maneira insuportável. A acusação feita ao ambiente decorre dos traumas provocados por ele.

Sendo assim, o suicídio é um tema carregado de impacto e sobressalto e que comporta situações de dor e de sofrimento. É por isso que “Falar é a melhor solução” é o slogan da campanha, cujos envolvidos na sua organização acreditam que conscientizando as pessoas podem prevenir nove em cada dez situações de atos suicidas.

Se você estiver com sérios problemas e chega a considerar o suicídio, pode procurar ajuda entrando em contato com o Centro de Valorização à Vida (CVV). Esse é um projeto que fornece apoio emocional e prevenção do suicídio. Por meio de telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias da semana, eles atendem de forma voluntária e gratuita todos que precisam conversar. O serviço é totalmente sigiloso.


*Leda Maia é psicóloga clínica (CRP: 13/5376) e professora do curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).

Palavras Chave

Suicídio
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