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Suposto psicólogo é preso por falsificação de documentos e fraude em seleção

Um homem que se apresentava como doutor em psicologia foi preso na manhã desta quarta-feira (18), em São José de Caiana, no Sertão da Paraíba, a 454 km de João Pessoa. Segundo investigações da Polícia Civil, o suspeito teria falsificado documentos e sido aprovado de forma fraudulenta em seleção da prefeitura da cidade em que foi detido.

Segundo o delegado Glebson Fernandes, que atuou no caso, as investigações tiveram início após denúncia da Prefeitura de São José de Caiana.

“Tudo se originou com relação a um processo seletivo em São José de Caiana, no qual bastava que se apresentassem títulos. Ele foi aprovado em primeiro lugar declarando, através de documentos, que era graduado em enfermagem e psicologia, tendo mestrado em enfermagem pela UEPB e doutorado em Psicologia pela UFPE. Quando foi assumir o emprego, apresentou atestados médicos nos dois primeiros dias, faltando ao serviço. A prefeitura procurou o médico que teria concedido os atestados e este disse que eram falsos”, contou o delegado.

Conforme as investigações, falsos também eram os títulos de mestrado e doutorado, assim atestaram as instituições de ensino superior nas quais ele teria estudado. Na documentação apresentada no certame público, o suspeito chegou a informar números falsos de CPF que seriam dos membros das supostas bancas examinadoras que avaliaram os trabalhos de conclusão de cursos. A Universidade Estadual da Paraíba ainda confirmará se ao menos as graduações do suspeito são verdadeiras.

“Ele foi preso no primeiro dia de trabalho. No interrogatório, ele deu a entender que pensava que havia sido detido pelos atestados, confessando que eram falsos. Inclusive encontramos atestados em branco com ele. Mas, questionado sobre a titulação, disse, a princípio, que era mestre e doutor”, relatou Glebson. Em seguida, confrontado com os pareceres negativos das universidades, acabou confessando também a falsidade nos títulos.

O suspeito foi conduzido para a carceragem do 3º Batalhão da Polícia Militar de Patos, também no Sertão, a 307 km de João Pessoa, e passará por audiência de custódia na manhã desta quinta-feira (19). Ele responderá por falsidade em documento público, falsidade em documento particular, estelionato e fraude em concurso público.

As investigações ainda não são conclusivas, mas, conforme acrescentou o delegado, essa não foi a primeira vez que o suspeito teria cometido esse tipo de crime.

“Por quatro anos e meio ele deu aula em uma faculdade, onde já se apresentava como mestre e doutor. Ele foi dispensado do emprego após falsificar assinatura de uma funcionaria da instituição. Ele também teria, anos atrás, fornecido atestado médico falso para uma ex-namorada enfermeira para que ela faltasse ao trabalho no Hospital de Itaporanga”, revelou Glebson.

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